Meryl Streep: USA Today - 2008 (2)

           Meryl geralmente sugere pequenas negociações para melhor dar vida aos seus personagens. Para Miranda Priestly, foi o cabelo branco gelado. Para Donna, é que embreagem de brincos de prata funk, na sua orelha direita. "Em um ponto, quando Donna tirou a camisa, eu queria que houvesse todas as tatuagens de cima a baixo", diz ela.       

                                                                         
           "Eles me convenceram de que era demais. Eu queria usar o passado dela, em um corpo que já era de meia-idade. Eu queria ter um roteiro onde você está lendo, um pouco, quem ela era. Mulheres, especialmente, lêem todas essas pistas muito, muito de perto." Uma contribuição que ninguém vai perder é a abertura, das pernas, no ar, ao saltar sobre uma cama, durante Dancing Queen. Streep explica como: "Foi uma oportunidade de ser o que é a linha, em Dancing Queen. Ter 17 anos outra vez, e ser jovem e livre. Todo mundo tem um quê, por dentro." Mas nem todos os membros AARP poderiam conseguir um sucesso. Alguns foram tão longe para sugerir que artifícios digitais poderiam ser usados. Mas, não: é tudo Meryl.
          "Eu me surpreendi", diz ela. "Não, eu não faço isso todos os dias e, francamente, se você me pedir para fazê-lo, agora, eu acho que não poderia. Eu não penso nisso. Eu só pensei, 'eu estou pulando na cama. Gostaria de saber se eu poderia fazer isso ainda... E eu fiz, você sabe."
                                                               

                                                                            
            Ela e seus colegas de elenco, incluindo Julie Walters (Sra. Weasley na série Harry Potter) e duas vezes vencedora do Tony, Christine Baranski (Cybill TV), olham como se eles tivessem uma bola na tela. "Nós fomos", Streep assegura, especialmente, quando a produção passou de Pinewood Studios de Londres, para as ilhas gregas de Skopelos e Skiathos. "Não há absolutamente nenhuma ação envolvendo-os."