Todo mundo sabe que Meryl e Nora eram grandes amigas. Como dizem lá, melhores amigas. Era como se uma desse continuidade a outra, em metas e opiniões. Em se tratando de desigualdade, da desvalorização profissional, seus pensamentos eram absolutamente idênticos.
" Só havia moças, e nenhum rapaz, na seção de Correspondência, da Newsweek. Se você tivesse um diploma universitário (como eu), tivesse trabalhado no Jornal da faculdade (como eu) e fosse mulher (como eu), era contratada para ser mensageira. Se fosse um rapaz (diferente de mim) com exatamente as mesmas qualificações, contratavam-no como repórter e o enviavam a uma sucursal em algum lugar dos Estados Unidos. era injusto, mas estávamos em 1962 e o mundo funcionava assim. "
- Nora Ephron
Estamos no século XXI, em 2016. Precisamente, 54 anos depois... e nada! Meryl continua brigando, persistentemente, pelos nossos direitos, por uma justiça legítima, que nos permita a igualdade dos sexos, no que concerne à valorização profissional feminina.
Certas coisas parecem que são grudadas no chão, ficam estagnadas, sem a mínima chance de evoluir. Pobre Nora. Pobre Meryl. Pobres de todas nós, mulheres.
Fonte: Livro: "Não me lembro de nada e outros papos da idade madura."
Autora: Nora Ephron
Editora: Rocco, 2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário