Meryl Baby

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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Entrevistando Meryl Streep (47- 1)

        
 
            Tenho estado muito ocupada com os meus afazeres. Além disso, estou dividida entre duas casas, a minha e a do meu filho, papai recente. Estou apaixonada pela minha netinha, nascida em 24 de setembro. Assim que posso, corro para ela, morta de saudade. Sem contar que amo bebês novinhos. E, para fortalecer a situação, ela é linda, gordinha, muito sorridente, adora dormir no meu colo... eu canto todas as músicas que as criancinhas gostam e ela dorme docemente.
             Bem, por conta disso, e também porque estava às voltas com uma tradução, meu Meryl-blog ficou com alguns espaços... mas não se assustem: ele sempre foi e será diário: se eu me atrasar, logo o colocarei em dia.
             Encontrei uma entrevista de 2012, um pouquinho antes do terceiro Oscar, de Meryl, para uma revista italiana. A primeira parte começa hoje.
 
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             Estenuantes sessões de maquiagem, dias inteiros a estudar os arquivos de Downing Street e diz-se, um encontro secreto com a Dama de Ferro... Um trabalho difícil mas, mais uma vez, Meryl Streep está no centro, vencendo o Golden Globe e se revelando o 'comitê' inédito da ex-Primeira Ministra, a quem admira muitíssimo. " Governou durante anos um país, sem ao menos contar com um cozinheiro que lhe preparasse o jantar. Eu parei de cozinhar no meu segundo Oscar... "         
            Vista assim, posando para foto em frente ao cartaz sobre um fundo azul, em 4 rodas, prontopara rodar a estrada de Londres, para a publicidade de "A Dama de Ferro". A semelgança entre Meryl e ... Margaret Thatcher é simplesmente fantástica. Embora a Diva americana, quase por contraste, exiba um sorriso muito doce, que dificilmente é visto no rosto da mulher que marcou a mais recente política inglesa. " Para mim é um privilégio ser Margaret Thatcher e ser capaz de remexer dentro de uma personagem tão complexa e decisivo, na História mundial, mas cujas implicações emotivas e interiores me têm sido sempre obscuras e têm despertado não só em mim, mas em todo mundo, muita curiosidade ", diz uma Meryl sorridente, vencedora do Golden Globe que, você sabe, é a antessala do Oscar. " Eu recomendo, não escreva... mas que esse meu entusiasmo é também, pelo fato de ter chegado, aos 62 anos, na capa da Vogue americana! Claro, apreciar a cobertura da garota mais madura, que nunca havia aparecido na Bíblia do Glamour... Mas para mim, os objetivos sempre foram outros... A verdadeira Felicidade prejudica os filhos, o trabalho, a serenidade e os amigos, como Robert De Niro: não eram 3 horas da manhã, na cidade de Los Angeles, e nós bebericávamos whisky, assim como dois meninos incorrigíveis... "
            DA: O filme começa com uma Dama de Ferro anciã que olha para trás e conta o seu passado e a sua trajetória política, fazendo uma avaliação. (Ela é muito mais jovem que Margaret Thatcher, mas tem uma vida igualmente intensa... )
           Meryl: " Não me obrigue a fazer orçamentos, por favor. Não me sinto ainda em tempo de fazer um final e depois, não sou um contador. Só posso confirmar que tenho o mesmo gosto pela vida e vontade de fazer... de quando eu tinha 30 anos. Então, se você quiser, realmente, fazer o ponto. vamos conversar em 2030. No mínimo... "
           DA: Dizem que a sua interpretação, de fato, lembra muito a sua mãe...
           Meryl: " Mesmo os meus pais tinham vivido uma situação física e mental semelhante àquela da ex-Primeira Ministra inglesa. Às vezes, enquanto treinava a cena em que ela era anciã, narrava o seu presente, os problemas físicos e, sobretudo, mentais, me vinha à mente a face e a palavra de minha mãe. E me comovia. "
           DA: Os filhos da Thatcher, entretanto, não eram a mesma coisa com ela, neste filme. Eles disseram: 'Nossa mãe é mais forte e sólida do que a que aparece na tela.'
           Meryl: " Respeito a opinião deles mas gostaria de sublinhar que este é um filme, não uma biografia autorizada. Imagine., porém, se me deixo estabilizar por causa da Crítica. Eu penso sinceramente Que o filme é muito honesto com Margaret. Eu e a diretora Phyllida Lloyd optamos por não exagerar em certos aspectos, por respeito a uma pessoa viva. "
           DA: É verdade que se encontraram com Thatcher, em segredo total?
           Meryl: " Isso não revelo. Cabe a você, jornalista, descobrir se realmente o cara a cara ocorreu. Só posso dizer que qualquer um poderia ver alguns documentos amontoados nos arquivos de Dowing Street, o acesso a imagens raras preservadas da BBC, para entender o 'empate' de Margaret, como falava e se movia. "
           DA: Mesmo no plano físico, eu imagino que foi feito um trabalho meticuloso: a maquiagem lhe faz parecer quase idêntica!
           Meryl: " Mark Coulier, o maquiadr, é um artista, praticamente me costurava uma segunda pele. Fisicamente, para mim foi uma experiência cansativa. O nosso orçamento era limitado a apenas 14 milhões de dólares. Isso significa que não houve muitas formas de repousar, ou refazer a cena. Tivemos que otimizar os tempos. E depois, pelos 40 por cento do filme, eu atuo na pele de uma mulher idosa - e mover-se por muitas horas como octogenária é complicado. No final de cada dia de filmagem, eu precisava de um bom massagista. E, quem sabe, porque em Londres é difícil de se encontrar um quiroterapeuta... "
 
          Nota: A Quiroterapia - um termo que se deriva de um significado de duas palavras do grego clássico “manualmente eficaz”. A descrição técnica é: “o diagnóstico, o tratamento, e a reabilitação das circunstâncias que afetam o sistema neuro-osteomuscular.”
 
        (continua)
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                    
        Fonte: revista Grazia                                                                                                                                                                          
 

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