Meryl Streep, Mamma Donna

                                                                   

         Amo demais "Mamma Mia!"! Assisti, pela 'trilhionésima' vez, em Home Theater, acompanhada de filho e nora. Dificilmente perco a oportunidade. E permaneço em 'estado de graça' o tempo todo, maravilhada, literalmente. Acho Donna tão Meryl! Muito semelhante, exceto com relação à paternidade dos filhos. Quanto ao resto, é como se visse a própria Meryl - sem Donna - circulando dentro da própria vida, passando de um extremo a outro, na maior naturalidade, se é que me compreendem. Apesar da maturidade e da responsabilidade de ambas, sobressaem sempre o lado humano e emocional, que as atira de um lado a outro, alternando seus momentos de bom e mau humor. É fácil imaginar a quantas anda o coração das duas, por conta da Emoção, dessa constante e provavelmente impactante alternância.  

           Donna, mulher simples, emocional, cheia de Amor e Paixão pela Vida, assim como Meryl - penso -não pode evitar nem se desviar em tempo, de algumas situações. Ambas são espontâneas, reagem como por choque, ou ato reflexo. O rosto deixa visível a consequência da forte impressão. Pode até ser que a pele registre o abalo... É assim que 'sinto' Meryl; por conseguinte, é assim que 'enxergo' Donna.

            Reunindo esses fatos, levando em conta o amor e a paixão desenfreados de Donna e Sam, a própria imposição do roteiro, o Talento e a forma como Meryl 'incorpora' as personagens... deve ter sido muito complicado conviver tão proximamente com... Pierce Brosnan, co-protagonista, na história. Que Homem mais lindo, meu Deus! Não existe nenhum outro mais bonito que ele! Nem mais charmoso! Os maravilhosos irlandeses olhos azuis contrastando com a pele bronzeada, os olhares quando está louco pela mulher (e quando se lembra dela, sorrindo, malicioso...); os fartos cabelos castanhos meio grisalhos, aquela voz de mormaço em noite de luar... o jeito másculo de abraçar... e beijar!
       Bem, falando em beijo, particularmente, eu achei que o primeiro beijo entre Donna e Sam, foi utopicamente... rápido! Não existe aquilo! Dois adultos loucamente apaixonados um pelo outro, 21 anos sem se verem, secando de saudade e tristeza, se encontram num momento esplendoroso, ainda em choque... e um beijo rápido?! Como assim?! Duvido que aquele beijo foi rápido! Aquilo deve ter demorado mais! Então a Phyllida desviou a cena e acelerou a velocidade. Mas quando estourou a "Fonte de Afrodite"... liberou geral! Meryl, realmente, ama o Don dela! E ele deve corresponder à altura! Deus abençoe esse Casal Verdadeiro!