Quando este domingo as estrelas se reunirem novamente no salão Internacional do hotel Beverly Hills, em Beverly Hills, para a entrega dos Globos de Ouro, se há uma atriz que, seguramente, se sentirá em sua casa, essa é Meryl Streep. depois de haver sido nomeada 28 vezes e ganhado em 8 ocasiões, é mais incomum a sua ausência que sua presença. E ainda que sua candidatura por "August" não seja a mais óbvia, as estratégias de The Weinstein Company, que planificaram para obter tantas indicações aos Globos como lhes foram possíveis, não tiveram demasiados problemas para colocar as suas duas estrelas principais, Streep e Julia, entre as indicadas. om 10 lugares para repartir na categoria de melhor atriz, 5 por drama e 5 por comédia e musical, era impossível que a grande Diva ficasse de fora. Seria de admirar se somente se dedicasse a atender a mesa telefônica, durante uma hora e meia. Certamente, no filme de John Wells, Streep faz uma personagem diferente: uma mulher cheia de ódio, que o reparte entre seus familiares, e por quem é muito difícil sentir simpatia ou pena, desde quando tem vivido todo o tipo de tragédias pessoais.
Dizer que "August" é uma comédia é discutível, mas ao colocá-lo nessa categoria, em lugar da dramática, Streep se converteu numa candidata indiscutível, sobretudo depois de Scarlett Johansson acabar desqualificada por questões técnicas, por seu impecável trabalho em "Her".
O certo é que, graças em parte, à candidatura ao Globo de Ouro, até quando o passado [viernes], os analistas consideravam que Streep completaria o quinteto das candidaturas ao Oscar....
..... Sem embargo, a frieza com que os críticos mais importantes dos Estados Unidos têm reagido frente à adaptação de Tracy Letts, quando esta chegou aos cinemas em 27 de dezembro, têm deixado pensar, a quem prediz as candidaturas, desta vez, Meryl ficará de fora. Tanto quem escreveu a crítica do New York Times, quanto o de Los Angeles Times, têm sido contundentes na hora de considerar "August" como um filme menor. Scott, do NYT, disse que no filme, dá a sensação de que os atores. apesar de seu prestígio, se dedicam a balançarem-se, uns sobre os outros, para ver quem grita mais forte, ou diz a frase mais desagradável. Em outro artigo firmado por Glenn Whipp no diário mais importante de Los Angeles, este se pergunta, de que lado da linha que divide uma sobreatuação de um trabalho impactante, tem ficado a interpretação da atriz, pela qual os americanos sentem mais respeito.
O sentido discurso que Meryl Streep pronunciou, no sábado passado, no Festival de Palm Springs, quando subiu para receber o prêmio de "Ícone" ( até agora entregue, uma única vez, a Michael Douglas, anteriormente, em 2011) frente a vários dos que participam da carreira por prêmios, talvez ponha de lado a muitos dos votantes da Academia.
Ela se explicou, com humildade, que se considerava só uma atriz que chegava aos platôs por cumprir com seu trabalho e que sentia que o termo 'ícone' lhe parecia grande. Mas, por mais simpatia e admiração que inspire Streep, entre seus colegas, o que pesará na hora de definir se entra ou não, será seu trabalho e a qualidade do que tenham feito os seus rivais. Não seria nada estranho que, em seu lugar se colocasse Amy Adams ou Kate Winslet.
A estrela admite que ficou em dúvida antes de decidir-se pelo papel, porque sua mãe não se parecia em nada com essa personagem. Foi uma amiga que a convenceu, ao falar-lhe em nome das que tiveram mães bruxas, para que se dessem conta de que era possível sobreviver a elas.
Fonte: Jornal "La Vanguardia"
Espanha, 8 de janeiro de 2014
Observação: ESTE OSCAR, de 2014, PERTENCE À MERYL STREEP, POR MERECIMENTO, POR DIREITO CONQUISTADO. É só.
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