Parece impossível falar de Meryl Streep sem usar uma quantidade estatísticas e títulos: 29 indicacões aos Globos de Ouro! 18 indicações ao Oscar! 12 indicações aos prêmios da Screen Actors Guild! 5 indicacões ao Grammy! Oito Globos de Ouro! Três Oscars! Dois prêmios SAG!
Este é o fato central na vida e obra de Meryl Streep: graças à combinação exata de excepciomal talento e rigorosa formação, ela é, sem dúvida, a maior atriz de sua geração, e uma das mais importantes intérpretes dramáticas de todos os tempos. Algo que uma outra atriz de primeira grandeza já havia descoberto : em 1989, pouco antes de falecer, a grande Bette Davis enviou a Meryl uma carta dizendo, com toda franqueza, que a então jovem atriz em princípio de carreira era sua “sucessora perfeita”. Meryl, que nunca conheceu Bette Davis pessoalmente, guarda essa carta até hoje.
Meryl diz que sempre soube que queria ser atriz – e a consistência com que se dedicou ao ofício, desde muito cedo, confirma isso muito bem. Meryl nasceu Mary Louise Streep, na cidade de Summit, em Nova Jersey, filha mais velha da programadora visual Mary Wolf Wilkinson, e do executivo Harry William Streep Jr.. Sua primeira inclinação foi para o canto: queria ser cantora de ópera, e se dedicou seriamente ao estudo do canto lírico, seguido rapidamente por aulas de dramaturgia.
Na adolescência, além de ser animadora de torcida e campeã de natação do ginásio, Meryl (o apelido, contração de “Mary” e “Louise”, foi dado pela mãe) optou de vez pela carreira de atriz. Aumentou a carga horária das aulas de interpretação, e, finalmente, matriculou-se na prestigios
universidade Vassar, onde se formaria em dramaturgia, em 1971.
Os estudos continuariam por mais quatro anos durante o mestrado em Yale. Entre os trabalhos para seu curso e os primeiros papéis nos palcos de Nova York, Streep atuou em mais de 40 peças até sua formatura de mestrado, em 1975, em papéis os mais variados, de mocinhas ingënuas a uma paraplégica de 80 anos.No teatro profissional, estreou interpretando Shakespeare no Festival anual dirigido por Joseph Papp. Em 1976 seu trabalho na peça 27 Carros de Algodão, de Tennessee Williams, valeu-lhe sua primeira indicação : ao prêmio Tony, como melhor coadjuvante.
Seu primeiro trabalho no cinema foi um pequeno papel em Julia, de Fred Zinnemann, ao lado de Jane Fonda e Vanessa Redgrave, seguido, em 1978, pelo trabalho que lhe valeria a primeira indicacão do Oscar: como a esposa de um veterano traumatizado pela Guerra do Vietnã em O Franco Atirador, de Michael Cimino.
A sequencia de trabalhos instalou Streep definitivamente numa categoria à parte, acima e além do estrelato: com desempenhos como a atriz em crise existencial de A Mulher do Tenente Francês, a imigrante polonesa vivendo o trauma do Holocausto em A Escolha de Sofia, a mulher independente lutando pela gurda do filho em Kramer vs Kramer, a militante Karen Silkwood em Silkwood e a escritora dinamarquesa Karen Blixen em Entre Dois Amores, Mery Streep provou que podia não apenas fazer qualquer papel – ela podia fazer qualquer papel melhor que qualquer uma de suas competidoras.
A solidez de sua carreira permiiu a Streep abrir ainda mais o leque de suas escolhas, incluindo a sátira e a comédia (A Morte Lhe Cai Bem e o Diabo Veste Prada, A Última Noite), a aventura , o thriller e o sci fi (O Rio Selvagem, Sob o Domínio do Mal, O Doador de Memórias) e, é claro, o gênero pelo qual está indicada ao Globo de Ouro este ano – o musical (Mamma Mia, e, agora, Caminhos da Floresta).
Streep conta que trabalhou diretamente com o compositor e criador de Caminhos da Floresta, o legendário Stephen Sondheim, para trazer plenamente para a Bruxa que ele idealizou nos palcos. “Foi uma experiência embriagadora e empolgante”, ela di, acrsecentando:.“ Saber que tenho uma orquestra de 54 peças apoiando meu desempenho ajuda muito…”
Fonte: www.goldenglobe.com
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