Convenhamos: as pessoas que votam e definem os vencedores dos grandes prêmios (Oscar, Globo de Ouro...) já não são as mesmas, nem pessoal nem culturalmente. Esse tempo passou. O que temos hoje é uma corrida do ouro, como uma campanha política, ou para definir quem será a Sinhazinha, na festa junina, e tal. Aquele juri especializado, encarregado de avaliar cada item pré-determinado, foi-se esfumaçando e se perdendo pelos caminhos das facilidades e da ganância. A Arte propriamente acabou ficando para último plano.
Há um bom tempo atrás, só se destacavam os verdadeiros Talentos, aqueles que emergiam dentre os outros, e assim ficavam, sacramentados através do Tempo. Nessa época, começaram as indicações de Meryl e, quase numa só tacada, vieram os seus dois primeiros Oscars. Tão jovem, tão pronta, iniciando uma longa e magnífica trajetória cinematográfica.
Muito bem. Neste ano, hoje, os absurdos são festejados e ficamos nos perguntando como?,.. por quê?... Em busca da lógica, que foi afastada como obsoleta, para que os interesses naveguem à vontade, em qualquer direção, à mercê dos ventos ímprobos, em detrimento da verdadeira Arte.
Então, temos o que vemos, com tristeza: Meryl é sempre indicada aos maiores prêmios, por se tratar do maior óbvio de todos os tempos, mas é reduzido o número de prêmios que realmente, chegam as suas mãos.
Conclusão: o Presidente Barak Obama deu a ela a maior comenda oferecida a um civil, por honrar a Pátria com o seu Trabalho. Agora falta o Cinema reconhecer e respeitar a grande Atriz Meryl Streep, pela sua Arte Pura... e também pelos imensos lucros que vem gerando, como o Grande gênio da Sétima Arte! Quem sabe a Academia, por exemplo, recupere a sua importância - refiro-me à própria Academia - tão discutível atualmente.
Que Deus sempre abençoe Meryl Streep! Ab imo corde.
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