Meryl Baby

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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Entrevistando Meryl Streep (47 - 2)


            Depois dos acontecimentos maravilhosos do reaparecimento de Meryl, publicamente - depois de uma longa ausência - podemos dizer que os tsunamis de Alegria que reviraram o mundo inteiro estão mais calmos, e assim, posso dar continuidade àquela entrevista italiana que comecei a postar no dia 21 de novembro.
                                                              

          DA: Em qualquer caso, é uma honra poder interpretar um personagem feminino tão carismático. Já se fala de Oscar...
           Meryl: " Lembro-me de quando Thatcher foi eleita Primeira Ministra inglesa, eu e meus amigos íntimos estacamos eletrizados pelo fato uma mulher - uma razão importante - pertencente ao Partido dos Conservadores, pudesse se tornar Premier do Reino Unido: um evento histórico único..Ela permaneceu no poder por quase 12 anos, sem ter,  ao menos, um cozinheiro em casa, enquanto eu parei de cozinhar quando eu filmei 'A Escolha de Sofia', em 1982! E depois, Thatcher levava os filhos ao supermercado, acompanhava-lhes nas competições, mesmo à custa de reunir o Gabinete dos Ministros, a base, em sua casa. Em suma, uma força da natureza. "
            DA: Mas era uma conservadora. Ela, se não me engano, envolveu sua posição política, na oposição.
            Meryl: " Na verdade, nunca compartilhei sua ideia, mas não nutri, nem mesmo dúvida, sobre o significado de uma eleição. Quando ela chegou ao poder, as mulheres esperavam que, se tinha acontecido na Inglaterra, poderia acontecer nos EUA. Mas parece que deveremos esperar um pouco mais... apesar de Hillary Clinton estar muito perto. "
            DA: Você é recordista de indicações ao Oscar e venceu duas vezes. Acha que sacrificou a sua vida familiar, pelo trabalho?
            Meryl: " É uma perspectiva errada a partir da qual, analisar o problema. Quando um homem trabalha, não sacrifica, por sua vez, a família? O mesmo argumento e demanda deve ser também aplicado aos pais. Na Vida se faz as escolhas e, mesmo assim, não devo ter sido uma mãe tão terrível, se as minhas duas filhas escolheram a minha própria profissão... "
             DA: O que você acha de suas garotas? Mamie e Grace lhe admiram como Atriz?
             Meryl: " Sinto-me vaidosa e orgulhosa de ambas, creio que têm um talento e, talvez, não comum, visto a atenção e a pressão que caem sobre elas, pelo fato de serem filhas de Meryl Streep. Não é fácil a sua vida em conjunto. Mas se querem fazer esse trabalho, como mãe, eu posso ser feliz com a escolha delas. Fico ansiosa e preocupada demais quando estão em voo, ou perdendo suas carteiras, como foi outro dia. São duas garotas desordenadas, e nisso elas me lembram muito. Quem sabe, cedo ou tarde, uma delas não me interprete, sua grande ecrã... "
             DA: Se elas fizeram uma pesquisa a partir de seus últimos papéis, estamos confiantes de que  preferem uma mãe como Donna, de 'Mamma Mia!', mais que uma Dama de Ferro, como Margaret Thatcher.
             Meryl: " Mesmo, eu não tenho dúvida para escolher. Mas, se você pensa tanto sobre isso, é uma mistura de tudo. "
             DA: No filme, Denis, o marido de Thatcher, na proposta de casamento, recebe a resposta: 'você sabe que trabalho eu faço e em que bagunça está se metendo?' Em contrapartida, como foi, entre você e Don Gummer, seu marido?
              Meryl: " Lá pensávamos, desde que eu era uma atriz e ele escultor, se teríamos no prato, algo para comer. Naquele tempo não tínhamos, nem mesmo uma cozinha, só uma mesa e um colchão. Ele, porém, era muito amigo de meu irmão, sabia bem o que iria enfrentar... Eu diria que, no cômputo geral, fomos afortunados: estamos juntos há 33 anos. "
                                                     
      
              Hoje, estão juntos há 35 anos... Casal lindo! Observem o carinho com que ele olha para ela. Acho que são Almas Gêmeas... Deus abençoe essa União tão entrelaçada... completa. 
              Nota do entrevistador:
              A poucos metros da van dos publicitários, há um grupo de conservadores que, armados com apitos, protestam contra a Atriz e o cast do filme. Meryl os desarma com um sorriso e algumas gracinhas, tanto que, alguns dos manifestantes, no final, a aplaudem. Um pouco como, na famosa greve dos mineiros, nos anos 80, vimos a verdadeira Thatcher: derrubar a situação e a indicar, contra todas as probabilidades.  

             Fonte: revista "Grazia", por David Allegri
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                           

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