Meryl concedeu esta entrevista ao programa, "Journal du Cinéma", em 1992.
R: Este é o personagem mais malvado que você já fez: Madelaine Ashton, de "A Morte lhe Cai Bem. Você é malvada algumas vezes?
M: "Sim. Principalmente quando fico sem trabalhar por muito tempo. Gosto muito de me sentir na pele de diferentes pessoas, é por isso que gosto muito de mudar, de interpretar diferentes papéis, amo fazer isso. É um jogo. É mais que um jogo, é uma investigação. Isso me permite criar uma ligação muito forte com os outros, e assim, tenho a possibilidade de me colocar no lugar dos outros."
R: No começo do filme você dança e canta. Você canta na sua casa?
M: "Não. Eu não tenho o direito de cantar, meus filhos me proíbem. Eles não gostam quando eu canto. De noite quando estão deitados, para lhes cantar uma canção de ninar, é diferente. O resto do tempo é: PARA!"
R: Cante-nos qualquer coisa.
M:"Gotinhas de água, grãozinhos de sal, fazem o oceano imenso... e da terra acolhedora." (cantando).
R: Você se diz muito diferente de Merilyn. Mas qual é o principal traço que distingue vocês?
M: "Tudo é diferente. Podemos começar pelo nariz e ir descendo."
R: Você poderia ter sido morena?
M: "Pode ser, eu sou morena, olha aqui." (e Meryl mostrou a raiz dos seus cabelos castanhos...)
R: Como você se sente hoje, em relação a sua estreia como Julia (filme de 1977)?
M: "Eu me sinto com uma diferença de oito quilos."
R: É verdade que você queria ter interpretado “ Thelma e Louise”?
M: "Sim. Eu e Goldie Hawn faríamos as duas."
R: Por que você recusou?
M: "Eu não recusei, eu teria feito, mas não deu certo. Eu estava grávida durante a filmagem, eu não pude. Eles não quiseram esperar. No meu ponto de vista, é porque éramos muito caras.''
O preço de Meryl é muito alto mesmo. Não porque seja 'estrela', e sim, porque a sua Arte não tem preço à altura da sua perfeição.
Cingapura, 29/06/2011 - 20h
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