À Meryl Streep, um abraço de Saudade

                                                                              

          Quem acompanha o meu-Meryl blog já deve saber que tenho um filho muito amado, que mora na Ásia, lugarzinho este longe demais para mim, pobre mãe vermelha de saudade, sentindo uma vontade premente de lhe dar um beijo, e de abraçá-lo por, pelo menos, uns 10 minutos seguidos! Sou mesmo carente epitelial. Minha necessidade de contato físico-amoroso é excruciante: para mim, o Amor não procede sem muitos beijos e abraços. Às vezes, acreditem, chego a pensar que esta faceta da minha personalidade, trata-se de um problema psicológico.

                                                                                            

         Minha infância não foi muito aquinhoada. Fui educada com severidade moral, cívica e religiosa, não necessariamente, nesta ordem. Nasci dois anos depois do término do segundo Grande conflito Mundial. Praticamente estreei a "geração pós-guerra". Meus jovens pais, horrorizados com os noticiários, trataram de enquadrar a minha educação antes na legalidade, do que na legitimidade: eles eram boas pessoas, penso que ficaram assustados demais... talvez, traumatizados. Mas, tudo na vida tem sua compensação: minha avó-madrinha, Nina. Graças a ela, sou uma pessoa carinhosa, amorosa. Meus filhos, também, são carinhosos e, com eles sou até, assim... meio visguenta (rs). Então, se eu tenho um problema psicológico, provavelmente seja o 'visgo'. Carinho e Amor, 'visguentos', são as desculpas favoritas da saudade. Por causa desses dois, ela chega com força, se aboleta dentro de nós, e vai descolorindo e 'desperfumando' a nossa vida. Esta é a minha lógica.

                                                                              

              Pois é: três partes do meu coração são brasileiras, outras três, são asiáticas (filho e netos)... uma é americana,  de Summit, New Jersey... mais duas noras, dois genros... parentes, amigos queridos... Todos seguindo os respectivos caminhos de suas Vidas. Como pode ser feliz, o meu coração todo  'picotado'?...  

                                                                       

       Saudade é uma coisa muito chata! Ela é cheia de ventosas que aderem a minha alma e vão exaurindo-a devagar... e sempre. Eu me comunico com a Ásia, por telefone, pelo Skype, mas... e Meryl?... Como poderia me comunicar com ela?... Sem chance. Estou num perene estado de perda. Não tenho acesso a minha Liderança, ao meu Exemplo feminino, ao meu Anjo da Terra!... Sem vê-la, sem ouvi-la, há mais de dois meses, desde o ano passado. Até me esqueci do dia do Repórter, em 16 último. Eles existem para dar notícias! Mas estão em silêncio, sobre Meryl, Maior Celebridade na Arte de Atuar! Internacionalmente reconhecida! Lamento mas, neste ano, não posso parabenizá-los...

         - Onde quer que você esteja, receba o meu abraço carinhoso, minha Querida Meryl, e que Deus lhe abençoe!