O que nasceu para ser eternizado, não pode ser tocado nem trocado...
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" Hugo: Monsieur Labisse mandou livros para um bom lar. Ele tem um propósito... tudo tem um propósito. Até as máquinas. Os relógios dizem as horas, os trens levam a lugares... servem a seus propósitos, como Monsieur Labisse. Por isso, máquinas quebradas me deixam triste: não servem a seus propósitos. Talvez seja assim, com as pessoas. Perder o nosso propósito, é como estar quebrado. Igual ao Papa Georges. Talvez possamos consertá-lo...
Isabelle: É esse seu propósito? Consertar coisas?
Hugo: Não sei... Meu pai consertava coisas... As máquinas nunca vêm com peças sobressalentes. Vêm sempre com a quantidade certa, de que precisam. Imaginava que o mundo inteiro era uma grande máquina. Então entendi que, se o mundo fosse uma grande máquina, eu não poderia ser uma peça sobressalente. Eu tinha que estar aqui, por alguma razão. "
( "A Invenção de Hugo Cabret" - Hugo Cabret, interpretado pelo ator Asa Butterfield )
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Assisti este filme, pela primeira vez, voando para Cingapura, em junho, do ano passado. Fiquei maravilhada. Excelente o trabalho do ator que fez Hugo: lindo e sensível, em cena... emoção estampada, no rosto. Comprei, para mim, logo que apareceu no mercado. Gostaria de ler o livro.
Este diálogo, quase um monólogo, me emocionou. De fato, ninguém é peça sobressalente. Imediatamente, relacionei à Meryl: se o mundo fosse uma grande máquina, ela jamais seria uma peça sobressalente! Meryl é única. E ela sempre serviu aos seus propósitos, em todas as engrenagens, de que participou. Tratando-se dela, não haveria a menor chance de fabricarem outra peça, para substituí-la... porque ela é fora-de-série.
Meryl é uma peça vital... e cara, enquanto rara. E, sem ela, nenhuma engrenagem se moveria. Ela está aqui por várias razões, razões essas que a tornam insubstituível. Tanto na Arte de Atuar, como em sua Vida Pessoal, como Cidadã de seu país, como Mulher. As máquinas não vêm com peças sobressalentes, mas estas existem. O que ocorre é que Meryl é impermutável. Se ela, como peça, precisasse ser trocada, melhor seria esquecer. Sem ela, o mundo iria parar, porque o que é único não é clonável. É, irremediavelmente, imutável,eterno.
Vida longa à Meryl Streep!
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