Beijar é bom e Meryl adora beijar. Há estudos que mostram que as pessoas que beijam vivem mais, porque tudo que há a seu redor é positivo (companhia, ajuda, apoio emocional). Só que a paixão não é eterna. A química do beijo parece mudar com o passar do tempo dentro de uma mesma relação. Com isso, o amor inicial, em que tudo é energia e vitalidade, vai se desvanecendo paulatinamente e dá lugar a uma segunda etapa, mais tranquila.
Para o biólogo David Bueno, a razão dessa mudança reside na saturação dos receptores do cérebro. “Passa-se para outra etapa na qual não se sente a paixão inicial, mas se está bem com essa pessoa. Embora nem todos os casais façam a passagem do primeiro estágio para o segundo”, esclarece.
O psiquiatra Jesús de la Gándara destaca inclusive que há uma mudança na química cerebral: “no início da relação há grande estimulação hormonal com predomínio dos andrógenos (testosterona) e da dopamina, mas com o passar do tempo muda, com mais estímulo à vasopressina e à oxitocina; beijam-se com menos frequência e intensidade, mas de maneira mais carinhosa e estável”. Algo que parece confirmar estudo realizado na Universidade Barllán, em Israel, que mostrou o importante papel da oxitocina, o hormônio que gera afeto, nas relações estáveis.
Não se pode esquecer que pelo beijo também dividimos enfermidades, por exemplo a mononucleose (também conhecida como doença do beijo, muito comum em adolescentes). De fato, em cada beijo de 10 segundos intercambiamos 80 milhões de bactérias, segundo pesquisa feita na Holanda. Isso significa que é ruim beijar? “Não, beijar é bom. Não fazê-lo significa que não se tem boa relação com seres humanos”, afirma o psiquiatra, que conclui que o difícil não é que beijem você, e sim ter alguém que se deixe beijar.
Fontes:
David Bueno - biólogo
Jesús De La Gándara - psiquiatra
EL PAÍS
Olga Fernandez Castro
11 OUT 2015 - 17:38
Frida Kahlo para seu amante: “Por você voltei a pintar, a viver, a sonhar”.
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