Meryl Streep, sempre em pauta.

                                                                           

         Quando passo muito tempo sem notícia de Meryl, fico assim, meio oxidada. Aquela impressão de 'parede'. Chamo de parede porque parece que o caminho se fechou diante de um paredão. Como se não pudesse passar dali, como se depois dali não houvesse mais nada. Assim meio 'alhures'. Mortificante. Pode parecer exagero, mas é uma sensação estranha de solidão, de perda. Bem, é assim que eu sinto. Porque quanto mais o tempo passa, sem notícia, a saudade vai mudando de tempero. Ela vai ficando endurecida, sob o peso da triste realidade: as chances de um dia ficar frente a frente, com Meryl, vão se esvaindo: a verdade fica mais exposta, mais exata... dura e crua. Daí em diante, dói. 

         Sei que Meryl está filmando. Nesses longos períodos sua presença, publicamente, se torna rara. Esse estágio me abala demais. E me pego pensando: "onde está todo o mundo? Por que não a fotografam?..." Saudade é um tormento.