Falar de Meryl é colorido. Meryl é a Rainha das Cores!... Mas sua ausência é branca. O que não esconde a verdade porque a cor branca é a mistura de todas as cores e o Disco de Newton não me deixa mentir.
Contudo, ao atribuir ao branco a cor da ausência de Meryl, refiro-me ao espaço físico, do qual ela se retirou. É um vazio profundo de imagens, de palavras, sons, perfume... de beleza e de Amor.
A codificação do branco, como Paz, é uma inverdade, na falta de Meryl... porque é uma Paz triste, sem o lindo sorriso e a risada gostosa, sem a vida intensa do olhar, sem a pueril irreverência, as gracinhas... Tudo fica sem graça, E esta saudade branca vai tomando gosto de melancolia, e ares gelados. Acentuam-se mais a certeza da distância, a impotência do possível, a dormente sensação de abandono, de solidão... a irresistível vontade de dormir, na esperança de um fortuito encontro com a imagem querida, ainda que não passe de simples produção psíquica.
A aridez da ausência gera a rigidez da saudade. E tudo pára. A alegria, os sonhos, a inspiração... a temperatura... o ritmo da própria vida. E nesta sequência, chega-se ao esquecimento.
Esquecimento?... Não, de Meryl! As lembranças permanecem vivas! O coração segura, com força, as mãos da memória: ela não pode esquecer; ele não quer... o coração não permite o esquecimento. Quando a pessoa querida se acomoda confortavelmente no meu coração... impossível sair, algum dia! Que Deus sempre abençoe Meryl! Ab imo corde!
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