Meryl Baby

Meryl Baby

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Notícias de Meryl Streep (1)

            Um toque de celular se ouve, na suite do Waldorf-Astoria, onde Meryl está sentada numa poltrona, bebericando um café. Ela pega seu iPhone e verifica sua tela de passagem. E diz: "Agente, talvez eu tenha um emprego!..." e dá uma de suas famosas gargalhadas.
             Muitos superlativos têm se derramado sobre Meryl. É um pouco difícil separar a atriz da mulher, Com os cabelos meio despenteados, para alguns, cafeína. Há um brilho em Meryl, um calor natural e um senso de humor adorável. Ela veste o manto da maior atriz, viva, do mundo, de ânimo leve, pedindo desculpas porque seu vestido está torto, deixando ver um pouco da pele, admirando as fotos de seu filho, antes de suspirar que "tudo vai tão rápido, tão rápido..." E ela é rápida ao apontar que, lá fora, não há uma recompensa, de papéis suculentos, mesmo para ela.

                                                            
              "Não há muitos filmes, por aí, disponíveis. Não há muitos filmes, com roteiros, que eu poderia fazer. Às vezes elesvão querer fazer um vilão e transformá-lo numa mulher. Não há um monte de peças. Não. Não são um monte de filmes sérios. Está tudo bem. Eu gosto de comédias, também." Mas, de vez em quando, vem uma grande parte tão multidimensional, tão deliciosa, tão reveladora quanto irresistível. Tal foi o caso com 'The Iron Lady', como Meryl como estrela principal, a polarização, a principal ministra britânica, controversa, que serviu de 1979 a 1990. O filme estreia em 30 de dezembro com lançamento limitado até 13 de janeiro de 2012.
              Thatcher, uma advogada e primeira mulher a liderar um partido britânico, político, importante, defendeu a desregulamentação, a reforma dos sindicatos e a privatização das empresas estatais. O papel deu à Meryl, indicações para o Globo de Ouro, para o Screen Actors e, faz-lhe predisposta ao Oscar.
              Quando Phillyda Lloyd, que dirigiu Meryl em 2008, no campestre musical 'Mamma Mia!', enviou-lhe este script, "não havia questionamento em dizer não", disse Meryl. Ou mesmo ponderando sobre isto. "Não há nenhuma razão sobre isto porque não há nenhuma mulher assim. Vou transformar isto, para menos, porque não gosto dela política ? Meu Deus! Parte do que me interessou, nessa coisa toda, é que estamos tão desconfortáveis, em um determinado nível, com mulheres líderes e seus parceiros masculinos, se sentindo diminuídos. É uma coisa, para nós, interessante, a contemplar."
               Lloyd, entretanto, pode expor a suculência e a profundidade da peça e, por isso, Meryl foi perfeita para ela. "Mas vamos direto ao assunto. Quem não gostaria detrabalhar com Meryl, duas vezes, para ter um papel digno de Meryl?  Esse foi o ponto, diz ela. Margaret Thatcher foi uma superstar, na Grã-Bretanha e no resto do mundo. Todos nós sentimos que prcisávamos de alguém, da magnitude Meryl, para interpretá-la. Ela era uma grande personalidade. O papel ocorre ao longo de 35 anos. É uma empresa gigantesca para qualquer ator."
               O filme abrange Thatcher jovem, sua ascensão ao poder, o seu tempo no esritório e seu casamento, visto em flshback, afastados, como chips de demência, em seu cérebro. Para Meryl, enfrentar uma personalidade desta, monumental, significava levá-la para baixo, à escala humana, e interpretá-la como uma mulhr, que muitas vezes, altiva, preside reuniões do Gabinete, mas também consome-se, com seu filho distante e, resolutamente, limpa o armário do marido morto.

                                                                         
                "Você se aproxima de cada um, como uma pessoa. Eles são todos, praticamente, do mesmo tamanho... Meu tamanho. Eu sabia que teria que fazer muita pesquisa. Queríamos começar os fatos que pudemos, como certos" diz Meryl. "Mas, ao mesmo tempo, este é um filme vindo de sua própria mente,  sua memória. É um olhar para trás. É aleatório e não cronológico. Lembramo-nos de coisas que nos preocupam, e dias de glória."
                 Mesmo as cenas que descrevem os anos de declínio de thatcher, como tem conversas inteiras com um marido que não é mais vivo, ressoou em Meryl. "Há certas coisas, sobre este estado, que eu entendo, visceralmente. Em termos de falar, com pessoas que não estão lá... Eu falo com meu pai, eu falo com minha mãe, pelo menos, uma vez por dia, na minha cabeça, diz ela. O que transparece em nossas mentes é o comportamento louco. À medida em que envelhecemos, isto é apenas, mais aparente. Somos menos capazes de esconder isto do que quando somos mais jovens."

 (continua)

fonte:  Donna Freydkin / Robert Deutch - EUA TODAY
           20/12/2011   NEW YORK

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