Meryl Baby

Meryl Baby

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Meryl Streep Fashion

     Apesar de muito simples, em noites de festa, de entrega de prêmios ou de eventos especiais, Meryl se veste bem e com charme.
      No Oscar, em 11/01/2009, ela compareceu muito bem vestida, numa elegância sóbria, trajando um longo de Alberta Ferretti, de seda stretch cinza, de corte simples e caimento leve. O decote ombro a ombro, era drapeado de musseline, iluminando a região do colo e do rosto. A cintura marcada e os braços cobertos valorizaram com classe, a beleza de Meryl. Seus cabelos, escovados e enrolados, no baby liss, foram presos no meio da cabeça, mecha a mecha. Nos fios, à volta da testa, as luzes funcionaram como potentes iluminadores. Na maquiagem, ela usou uma base leve, com excelente cobertura, bastante rímel, blush e um batom cor de boca.



        Em 27/07/2009, na Premiere "Julie & Julia", vestiu um Prada, vermelho.


     Na Premiere de "O Fantástico Mr. Fox", no mesmo ano, estava com um Prada, também, porém de xadrez,  com vários tons , do dourado ao cobre, que ficou muito bonito, nela. Os dois modelos eram bem decotados.

  
         No Globo de Ouro, em 17/01/2010, quando Meryl foi premiada, pela perfeita performance de Julia Child, em "Julie & Julia", trajava um preto, com o braço direito coberto,  o ombro esquerdo  e parte do braço  descobertos,  com pequeno decote, deste lado.  Complementou com ouro e batom vermelho, para dar vida à sobridade do traje.


          Já em 07/01/2010, no Oscar, Meryl, muito chique, se destacou com um alinhadíssimo longo, branco, de Chris March, estilista que participou do reallity show "Project Runway".  As jóias que usou eram criações de Fred Leighton e a carteira de mão, Swarovski. A revista "Isto É GENTE", de 15/03/2010, noticiou Meryl como "Elegância Máxima", do evento. Abaixo, opiniões:
    Isabella Fiorentino: "Era a mais elegante da noite, sem dúvida.  O  decote  em   V,  as mangas  compridas
 e a cintura marcada deixaram a silhueta dela muito chique."
   Julia Petit: "Talvez tenha sido a mais bonita da noite. O branco do vestido iluminou a pele e a deixou muito elegante."


         No AFI, em   11/06/2010, estava muito chique, vestindo uma blusa branca, de mangas compridas, amplo decote, com os ombros à mostra, transpassada na cintura, com uma calça comprida, de crepe de seda. Nesta noite, foi Meryl quem entregou o prêmio ao diretor Mike Nichols.

 

         Na noite de 23/01, no SAG-2010, Meryl entregou o prêmio a Jeff Bridges. Chique e fashion, vestia um longo Balenciaga, num tecido branco com folhagem, fazendo um efeito de 3°dimensão, bem Streep Style, com um decote generoso, conforme gosta e pode, claro. Estava, como em todas as vezes, linda, destacando-se entre as mulheres. Esse vestido causou uma certa polêmica, por parte de algumas pessoas leigas a respeito de moda, mas retrataram-se, dias depois. Às vezes é melhor o silêncio porque, para dar opinião, é necessário conhecer bem, o assunto...


domingo, 27 de fevereiro de 2011

Meryl Streep, as Mães e a Guerra


 


    A Guerra vem atrevessando milênios, trazida pelo vento, contaminando-o com um bafio fétido de carniça e manchando, com pegadas de sangue e lágrimas, todos os caminhos do mundo.
    Retratando os horrores das guerras, a peça "Mother Courage and her Children", de Brecht, foi protagonizada por Meryl, em 2006 e chegou ao Brasil através do documentário "Teatro de Guerra" , apresentado no Festival do Rio, de 2009. Nele estão contidas todas as modalidades de informação, como as opiniões e os ensaios, ao vivo, dos atores, impactados pela real e repetitiva História do Homem, agente catalisador da ignomínia e do holocausto fratricida. Foi como se eles houvessem trazido esta obra prima, pessoalmente, em doloroso silêncio, para nos entregar, em mãos. 
     Quando Brecht escreveu "Mother Courage and her Children", Meryl nem era nascida! Muitos anos se passaram até que fosse convidada para protagonizar esta mãe. Sendo a "mãezona", que é, de quatro filhos, muito bem criados, ela aceitou, de imediato, o convite, em nome da Paz e do Amor ao próximo, que têm sido sempre as suas eternas bandeiras.  
     Meryl consegue se superar, o que é incrível! Ela está soberba, em cena, transpirando por todos os poros aquela intensidade habitual e muito suor, porque a peça foi encenada no Central Park, sob um calor de 40 graus.
 

     Sua presença no palco, é muito, muito forte (ouve-se até a sua respiração!), dando-nos a impressão de que, de repente, ela sairá da tela e virá em nossa direção, clamando por justiça para todos aqueles que vivem sujeitos aos horrores da Guerra, olhando, profundamente, para cada espectador em choque, com aqueles seus olhos que transmitem todo o sentimento que existe em sua própria alma, até quando atua, e que a fazem única. 
    
     Este filme conservará, para sempre, o intenso calor da interpretação dramática com o qual, a nossa grande Meryl Streep, assumindo, mais uma vez, total responsabilidade sobre seus atos, levanta a pesada bandeira da Paz, do jeito que só ela saberia fazer.  Isto, para mim, é heroísmo puro!... E eu amo esse seu coração, cheio de amor. Vida longa à Meryl Streep!    
       
 


Observação: Meryl permitiu pela primeira vez, que uma câmera acompanhasse seus ensaios.  
 

sábado, 26 de fevereiro de 2011

As brincadeiras de Meryl Streep

    
     Não consigo olhar para Meryl e enxergá-la com sua idade real.  Na verdade, vejo-a sempre, com vinte anos menos. Às vezes, acho até que ela é uma criança. Juro! De um modo geral, sinto por ela, um carinho, daquele das grandes amigas. Estou sempre pensando em protegê-la, em preservar a sua integridade... Preocupo-me demais com a sua segurança nas viagens (tantas!), em espaços abertos... exatamente como uma irmã, que tem uma irmãzinha peralta!


    Observe bem, neste vídeo, a aflição com que Meryl fica, querendo descobrir o truque do mágico. Repare em suas mãos, no final do "show". Agora, volte até a foto anterior e olhe para as suas mãos!... É fofa demais!  


     Também me acho sua madrinha pois, diariamente, peço a Deus que a abençoe sempre. Talvez seja por causa da imensa ternura que sinto por ela... É verdade!!! Meryl é linda e adorável e tudo que ela faz, para mim, é uma gracinha, uma fofura! Quando faz uma brincadeira qualquer com alguém, esbaldo-me de tanto rir e, se essa gracinha estiver em algum vídeo, passo muito, muito tempo assistindo-o... Aliás, tenho uma coleção de vídeos de gracinhas, de risinhos, de casos divertidos, seguidos de suas deliciosas gargalhadas; entrevistas que ela dá, fazendo piadinhas, acompanhadas de seus olhares maliciosos que, por sinal, falam tudo por ela... faz caretas, revira os cabelos, põe "chifrinhos" nos colegas e amigos, dança, fala bobaginhas...

 

  






     E eu, só me divertindo, adorando as bagunças que ela faz quando se joga para trás, rindo com a boca escancaraaaada!


 


     E  os  barulhinhos?...    Aqueles  estalinhos,  com  a  língua?  As  paradas:  "Ammm..."  As  exclamações: "Oh Gosh!..." "Huuuummm!..." 


     Essa ela faz com uma escala sonora crescente e, imediatamente, decrescente, geralmente, quando recebe um elogio masculino (em especial, se o "masculino", em questão, for bonito!) "Thaaannnk youuu!..."(No mesmo caso)  "Oh my Gooooood!" (Essa é a clássica!) "Oh shut up!" (Golden Globe-2007) "Thank you, darling!.."  Oh, meu Deus! Existe coisa mais fofa?!...


sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O talento de Meryl Streep

       
     Certa vez, li uma crítica a respeito da atuação, de Meryl, em "Dúvida". A pessoa atribuía-lhe alguns truques, apelidando-os de "tiques e cacoetes" e, que era "inadmissível que uma atriz, da competência de Meryl Streep, precisasse apelar para isto", ficando a Irmã Aloysius, muito "caricaturesca".
      Fiquei assombrada, com tamanho despropósito. Como é que alguém poderia falar assim da grandeza, de qualquer atuação, da perfeita Meryl Streep? Quem teria feito este julgamento tão destrutivo? Estava lógico que havia, nas entrelinhas, uma intenção, velada, de causar-lhe dano, de prejudicá-la.
       Recordista de indicações, ao Oscar, SAG, Globo de Ouro, e muitos outros prêmios, inclusive em vários países, que lhe homenageiam pela sua carreira, Meryl é como um fruto, maduro e doce, no qual se atira pedras, para que caia da árvore, e seja degustado, pois de outro modo, não se consegue alcançá-lo.
       Imaginemos a seguinte situação: uma freira austera, vestida com um hábito negro, xale e touca que, além de cobrir-lhe a cabeça, possui longas abas, contornando-lhe o rosto...  e suas mãos. Apenas estas três partes do seu corpo estão expostas. O roteiro é dramático: suas feições conservam-se, constantemente, sérias, fechadas; sua testa, franzida, mantém a expressão da desconfiança, visto saber que lhe são atribuídos vários defeitos e apodos... mas a responsabilidade, com que dirige o colégio, obriga-a a ignorar seus desafetos.
         Além do roteiro, sua expressão facial e todo o seu gestual eram tudo de que Meryl dispunha, para ser indicada, dignamente, a vários prêmios, conforme, realmente, foi. Seu talento é fato consumado e, como sempre trabalha com a emoção, usou o seu famoso e inigualável subtexto, sendo mal interpretada por falsos entendidos, que lhe atiraram críticas injustas e causticantes, críticas essas, que não tiveram a mínima chance de impedi-la de receber novos prêmios, por sua magistral performance. "Sua" Irmã Aloysius Beauvier elevou-a, isto sim, a mais um patamar, em sua brilhante carreira. Misturando instinto, carisma, coração e um tremendo talento, Meryl nem percebe que conseguiu expor a alma de suas personagens. A forma natural com que usa o seu subtexto, só é compreendida por quem aprendeu a captar as mensagens do seu silêncio. Portanto, nada de tiques e cacoetes: Meryl é sublime.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Meryl Streep, no Festival de Roma...


   
     No dia 23 de outubro de 2009, Meryl recebeu o prêmio máximo de Cinema, da Itália, pela sua carreira: o Marc'Aurelius di Oro! Foi muito bonita a homenagem que lhe fizeram e muitíssimo merecida! 
     Meryl estava maravilhosa! Bem vestida, bem penteada, maquiada (até cílios ela usou!),  com aquela sua contagiante alegria, estava linda! Simples, humilde, emocionada   e encantadoramente feliz, parecia estar vivendo um conto de fadas!


       Meryl é uma pessoa singela, não está habituada com tantos artifícios. Gosta mesmo de "jeans, camiseta e uma sandália, é disso que eu gosto" (apesar de ter usado sempre saltos altíssimos!)
       Acompanhada de Don, seu marido, formam um belo casal. Fiquei feliz porque há muito tempo, não os via juntos (desde janeiro). Cá entre nós, não deve ser fácil ser o marido de Meryl Streep. 


     Onde ela chega, ouve-se uma gritaria, clamando por ela. Então, caminha na direção dos fãs, distribuindo sorrisos, autógrafos e agradecimentos.


      Don a vê passar, acompanhada por um séquito envolvido com a sua aparição e atraído pelo seu enorme carisma. Ele somente a acompanha com os olhos, observando à volta, preocupado com sua segurança.



    Ali está a sua tão bonita e amada mulher, Mary Louise Gummer, a doce mãe dos seus filhos... e também, a mais perfeita atriz do mundo.


     O povo italiano é arrebatado e, por ser muito sensível, Meryl absorve aquela energia toda de amor, carinho e admiração, que a envolve. Sabe que é, para eles, uma rainha e, como agradecimento,   faz todas aquelas gracinhas, devolvendo o carinho: atira beijinhos; levanta a perna, coreografando um balezinho fofo;





roda, dança, estalando os dedos, para marcar o ritmo; canta aquelas musiquinhas que improvisa; desfila diante de uma plateia eufórica, eletrizada porque pode vê-la e ouvi-la, assim, tão de perto.


        Ela sabe que todos vão ficar felicíssimos e vão gritar, se ela fizer isso. Trata-se de uma troca de afeto. E ela deseja esse afeto: ele acaricia o seu nobre e amoroso coração, afinal, ela se entrega, quando atua, pensando em todo mundo que a ama, sempre buscando a perfeição, sempre se superando...
         Eu sinto que é assim que Meryl sente: quanto melhor ela fizer, maior será o prazer que proporcionará aos que a amam, e ela será ainda mais amada ... e fará mais e mais... e todos nos apegaremos mais e mais a ela... Assim, de forma progressiva e constante, ficaremos todos felizes, nós e ela!  Que Deus a abençoe, sempre!    

      

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Meryl Streep, em Donna... (3)

       Quando Sam apareceu, diante dos seus olhos, Donna sentiu o quanto o amava. Toda sua auto confiança desabou: ela não acreditava mais no amor dele, por ela. A partida de Sam havia levado, de vez, a crença de que seria capaz de inspirar um amor sincero, no coração de um homem. No entanto, olhar para ele, agora, despertava todas as suas emoções, até então adormecidas. 
       Meryl tem o poder de sentir, exatamente tudo, o que se passa dentro das personagens que representa, fruto das suas sensibilidade e empatia. O Sam, de Pierce, era calmo, passava a imagem de acomodado, conformado, sem coragem de se aproximar de Donna. Talvez, não quisesse provocar uma reação adversa nela, coisa que poderia vir a atrapalhar as possibilidades futuras (ainda que bem remotas) de uma reaproximação. Sam também achava que não tinha qualquer chance de reconquistar o grande amor de sua vida.  Torturaram-se, naqueles dois dias. Mas as músicas, as danças, foram conduzindo-os a uma situação inevitável, de encontro.
       Habituada a mergulhar profundamente na fragilidade feminina, Meryl apoderou-se do coração de Donna e acoplou-o ao seu. Nesse instante, sentiu o  intenso amor da mãe de Sophie, colado à saudade, à desilusão, à tristeza de se sentir esquecida, trocada, abandonada. Na verdade, Sam passara todo aquele tempo em seu coração, em meio às lembranças, que nunca a deixaram em paz.  
       Vestidos de Donna e Sam, Meryl e Pierce se contagiaram. Seus roteiros eram simples, porém apaixonantes: suas emoções não conseguiram escapar ilesas. Além do que, Meryl é amor, é alegria, é força, disposição. Todo o seu estilo é intenso, efervescente. Meryl é Vida. E que os anjos digam amém!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Meryl Streep, em Donna... (2)

     
      E, o passado veio com tudo, poderoso como um tufão, cheio de pressa, de azul-turquesa, de verde-água, verde-árvore, de borboletas e flores, docemente perfumado, colorido de rosa-amor e  vermelho-paixão.  Quando se aproximou deles, a fúria desse tufão se abrandou para permitir que  os namorados  se envolvessem, novamente.
       Agora, era um amor adulto, carregando um tristonho passado, com um longo intervalo, espacial e temporal; de vivências, de experiências frustrantes, decepcionantes... tentativas inúteis de obterem um esquecimento recíproco.


     Mas Donna e Sam jamais se esqueceram . A própria ausência de um, na vida do outro, provocou esse encontro, porque era uma ausência muito grande, muito forte, muito viva, impregnada de saudade, de lembranças, de juventude, beleza, irreverência, de coragem, de ingenuidade, de sonhos e planos... Esta ausência acompanhou-os, em suas vidas, paralelamente. Substituiu um na vida do outro, para que não se esquecessem. Tão grande ela era que parecia ter corpo e alma, como se fosse um e outro. Talvez, se estendessem a mão, pudessem senti-la e tocarem, sua pele, o seu revestimento.
      Houve, na realidade, um terrível desencontro, desconhecido, ainda, para os dois, que partiu ao meio, o enorme coração, que os unia. E, durante anos de suas vidas, durante as suas juventudes, ficaram distantes, sem compreender direito, o que havia acontecido com os seus destinos.
      Mas o Amor verdadeiro é indestrutível: ele jamais termina. Continua vivo e vence todas as distâncias. E, esse Amor que sentiam era recíproco, mas seus corações eram jovens demais, e não souberam administrá-lo....

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Meryl Streep, em Donna... (1)

  
   
     Quando penso em Donna, penso, imediatamente, em Meryl. Sei lá porquê, não consigo separar as duas:  eu capto, em Donna, algo real e, em Meryl, algo fantástico. Sinto que, entre elas, existe uma estranha conexão, um tipo de osmose e chego à conclusão de que o temperamento de Donna é, sem sombra de dúvida, muito parecido  com  o  dela.  Ambas  são  mulheres  fortes,  decididas, independentes, sensíveis, inteligentes, vivazes, muito amorosas - talvez porque não se sintam suficientemente amadas, conforme gostariam de ser... Meryl  corre, canta, brinca com todo mundo, dança, de frente, de costas -  como fez no tapete vermelho, do Festival de Roma - sobe escadas, correndo, com saltos altíssimos, para receber seus prêmios - como no SAG 2009 (por "Dúvida"), no National Critics Awards 2009 (por "Mamma Mia!")... -Meryl fez um "spacatte" e Donna fez a mesma coisa, porque uma estava na outra!...



     Meryl ama muito, tem a sensibilidade à flor-da-pele e Donna é a mesma coisa. O amor de Donna, por Sam, sublimou-se, no tempo. Quando ele voltou a encontrá-la, encontrou  também, aquele amor  todo, ali, guardado dentro dela, a sete chaves, porém inteiro, emocionante, jovem, um amor de pouca idade, num coração que já não tinha tão pouca...
     Meryl "vestiu-se" de Donna mas não esperava que ela fosse tão jovem. Não podia imaginar a vida naquela ilha paradisíaca, uma Natureza exuberante, aquele mar lindo: tudo ali exalava amor! Não podia esperar que aquele mundo fosse todo de jovens e ela, ali no meio, não  tão  jovem... e a vida ficou  muitíssimo "funny"! 









     Quando Meryl  fez Donna, sentiu-se rejuvenescida. Aquela juventude toda, a sua volta, aquele cenário lindo, saudável... e amor, casamento, flores e seus perfumes, luar, música, dança...  tudo mexeu   muito   com    ela,    fez     uma  reviravolta  muito  grande,  dentro  dela. Ela se contagiou. Ficou com marcas indeléveis, inesquecíveis... "Mamma Mia!" deixou marcas profundas em Meryl.

     Enquanto filmava, ela se divertia como uma adolescente, porque era assim que ela precisava se sentir... Donna havia esperado, pelo Sam, vinte anos! Quando ele apareceu, foi como se tivesse descongelado uma imagem, soltado o "stop". Os dois já não eram os mesmos, devido as suas respectivas  vidas, idades e experiências... mas o filme deles, de vinte anos atrás, congelado,  parado  no tempo, começou a passar novamente! Foi um descompasso, para os dois! Eles não podiam jamais imaginar que aquele passado voltaria, um dia, com tanta força, passando por cima de tudo, pisando em cima de mágoas, das dúvidas, dos preconceitos, do grande desencontro do passado, rompendo barreiras, voraz...




domingo, 20 de fevereiro de 2011

A Liderança de Meryl Streep


     A questão da Mulher, para Meryl, é sagrada. Desde que passou a assumi-la, a causa tornou-se mais importante ainda. Meryl sente todas as dores femininas, enquanto atua. Também as alegrias, o amor... tudo. Por isso, ela sempre defende as mulheres, seus direitos, mantém-se informada de tudo que possa beneficiá-las e cria oportunidades para tal.
     A concepção de Meryl, a respeito de direitos é limpa, digna. Para ela o mundo caminha na contra-mão, para as mulheres, como é o caso das afegãs.

     Sua luta por justiça e igualdade remonta a um bom tempo atrás, quando era bem jovem. Há uma infinidade de situações de exceção, quando o assunto em pauta é a Mulher.
     Cada vez que representa uma classe de mulheres, Meryl pode avaliar o drama em que elas vivem. Costuma marcar presença em eventos, palestras, debates, a elas destinados, participando com doações, fazendo apelos, usando seus contatos ou, simplesmente, alegrando com sua adorável presença.
      Meryl  possui uma aura brilhante, envolvente, de anjo protetor. Sua preocupação com o universo feminino levou-a a liderar todas as ações possíveis, direcionadas à criação do Museu de História da Mulher, em Washington. É porta-voz oficial deste projeto, ao qual doou um milhão de dólares, para dar partida a muitas outras doações, em prol da construção deste espaço. Apesar da indiferença ou do esquecimento dos governantes, ela insiste em levantar esta bandeira porque quer, no mínimo, homenagear as mulheres do passado, cuja importância foi esquecida, apesar de possuírem a força de pioneiras. Hoje, num mundo moderno, não é mais admissível este descaso pois as mulheres estão chegando à frente de tudo: fortes, corajosas, assumindo posições de importância e responsabilidade, em todos os escalões.
       À Meryl, a nossa gratidão eterna, por esta luta, que é de todas nós. As sementes já estão plantadas. Temos que ajudá-la a cultivá-las, para que se transformem numa obra perene e que, desta  forma,  a eternizarão por esta grandiosa empreitada.  Boa sorte, Meryl querida.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Meryl Streep descomplica...


    Não gostei do final do filme "Simplesmente Complicado".  Se Nancy tivesse perguntado à Meryl qual dos dois, Jake ou Adam,  ela escolheria, estou certa de que ela responderia, sem piscar: "Jake, of course!" Eu também. Será que todas as outras mulheres do mundo escolheriam o Adam?... Se Meryl pudesse decidir alguma coisa, o final, com certeza, teria sido outro, e bem melhor...
    Quando surgiram os primeiros clipes do filme, fiquei pasma e maravilhada, ao mesmo tempo! E me perguntei: Que trailer é este, minha gente?! Que loucura!... Esta mulher é, realmente, impossível de segurar! Fazer um filme desses, aos 60? Só  podia mesmo  ser   a  fabulosa  Meryl  Streep!
   Nancy trabalhou diferentemente de Phyllida: ela  estabeleceu o roteiro e determinou o comportamento de Meryl. Eu  a senti um pouco tolhida... Sua Jane estava travada, pelo roteiro. Talvez tenha sido essa  a causa do filme  me parecer "sem  alma",  ser  um filme "físico". Uma grande atriz como Meryl não deveria ser travada, por um roteiro. Na realidade, ele deveria ter sido escrito para ela, para mostrar o seu incrível  talento, altamente criativo, intenso. Felizmente, Meryl é uma mulher muito bonita, muito charmosa, adorável. Sinceramente, acho que , agora, ela está unindo o útil ao agradável ou seja, atuando e divertindo-se ao mesmo tempo! Afinal, ela tem todo o direito de fazer o que quiser, de sua vida e de sua carreira. Isto é indiscutível! De minha parte, estarei aqui para o que der e vier. Sempre a apoiarei, aplaudirei, incondicionalmente, seja o que for que ela decida fazer.   Quanto ao "Simplesmente Complicado",  foi    maravilhoso  vê-la, linda como sempre, usando, com perfeição, seu subtexto,  nas telas dos cinemas!   Fico imaginando como teria sido o filme todo, se Jane tivesse escolhido ficar  com o Jake...


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Meryl Streep, em Dúvida...

    


     Uma das personagens mais queridas, para mim, é a Irmã Aloysius Beauvier, a freira que Meryl representou no filme "Dúvida" e que, assim como Miranda Priestly, acabou ficando com fama de durona, de intransigente, de má, de autoritária, fria... de "dragão", como o Padre Flynn a ela se referiu. Na verdade, tudo que ela desejava era dar àqueles alunos, do colégio que dirigia, em pleno Bronx, uma oportunidade de vida melhor. Para tanto, precisava acrescentar  uma orientação mais séria, firme, que complementasse as aulas diárias.      Normalmente, em se tratando de um colégio católico, a educação é mesmo mais rigorosa. O que ocorre é que, em todos os colégios do mundo, a clientela é variada, no que diz respeito à bagagem educativa, aos valores familiares, aqueles que o aluno traz de casa. Esses alunos são problemáticos, dão mais trabalho, até que se possa direcioná-los, para um futuro mais digno.
     Francamente, eu não acho que a Irmã merecesse qualquer um desses qualificativos que a acompanhavam. Na verdade, ela desempenhava um cargo muito importante e sério, de muita responsabilidade, e a ele se dedicava, com determinação. Ela era uma pessoa solitária: viúva e sem filhos, o colégio era sua vida, seus presente e futuro. Além disso, ela carregava um drama terrível, sofrido, secreto, trancado em seu silêncio, enclausurado em suas lembranças, em seu coração. Durante a discussão, com o Padre Flynn, ele perguntou se ela jamais cometera algum erro, em seu passado. E Meryl, conduzindo magistralmente aquele feroz embate, estancou. Seu olhar mudou completamente, demonstrando as rápidas e várias alterações emocionais acontecidas em seu íntimo. Porque Meryl sente tudo, todas as emoções de suas personagens!
 Aliás, o talento de Meryl é sempre o grande destaque, nesses momentos. Seus olhos, então, firmaram-se nos dele, entristecidos, doloridos, e ela respondeu que sim, que já havia errado: falava e, ao mesmo tempo, recordava-se do fato. A Irmã poderia, perfeitamente, ter mentido e dito que não, que nunca havia errado: ninguém poderia provar o contrário. Mas tanto ela era uma pessoa correta, digna, empossada da sua função que, mesmo diante do padre, a quem acusava, admitiu o erro do passado. E, pela intensa expressão, pela forte carga de dor, em sua fisionomia, Meryl mostrou a fraqueza, a impotência, a fragilidade daquela mulher.

     Atuando com o seu incrível subtexto, Meryl embargou a voz, rasgou-lhe o coração, trouxe à tona toda aquela dor, difícil de controlar, expondo as fragilidade e desproteção da Irmã Aloysius, deixando claro o tanto que aquele erro a incomodava e consumia sua vida: ninguém  podia defendê-la, sequer ajudá-la a tirar de dentro de si, toda aquela mágoa. Em pouquíssimos segundos, Meryl se sublimou.  
    O colégio era tudo o que lhe restava. Dedicava-se a ele, fazendo pelos alunos o que teria  feito, pelos próprios filhos, que jamais teve. E, mesmo conseguindo afastar o padre, do colégio, no final, deixa-se atormentar pela dúvida, pela possibilidade  de  ter  se    equivocado, acusando-o, sem certeza e, talvez, acrescentando mais um erro, ao seu mórbido passado.
     No final do filme, numa cena comovente, Meryl chora de uma forma linda, numa explosão de lágrimas, carregada de tristeza, de medo, de insegurança, devassando aquela infelicidade horrível,  que habitava sua alma, machucando-a. 






           Meryl, naquela cena, com suas sensibilidade e empatia, transformou aquela freira, numa mulher, simplesmente, numa mulher. Ela libertou-a de suas tristezas, com aquele pranto convulso, descontrolado, que fazia seu corpo tremer... exorcizou-a de seu sofrimento... de suas negras lembranças... de seus dogmas... de sua cruz.  Meryl é Paz.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

É facílimo dirigir Meryl Streep!...



     O fato de ter como diretora Phyllida Lloyd, também contribuiu para que algumas pessoas não gostassem do resultado final de "Mamma Mia!". Eu penso, exatamente, o contrário. Meryl, como costumo dizer, abriu- -se para o mundo quando fez este filme. Estava leve, solta, feliz, divertindo-se muito, justamente, porque foi dirigida por ela, Phyllida. Meryl conheceu, de perto, o trabalho dela, quando levou um grupo de crianças, inclusive sua filha, ao teatro, para assistirem a peça "Mamma Mia!" e, de lá, saíram todos, alegres, cantando as músicas do grupo ABBA. Em casa, escreveu uma carta para Phyllida, elogiando a peça e todo o seu trabalho, claro. Passaram-se anos, antes que decidissem transformar "Mamma Mia!" em filme. Agradavelmente surpresa, Meryl recebeu a visita dela, convidando-a para fazer "Donna". Phyllida esperava por uma recusa, porém, para sua alegria, Meryl perguntou: "você veio me convidar para fazer Donna?!" "Yes...", Phyllida respondeu, num fio da voz. Meryl, imediatamente: "I'm in."
     A vantagem de quem vai dirigir Meryl é, justamente, o fato de que ela independe de direção. Nasceu pronta. Aprendeu algumas técnicas básicas e logo se tornou um modelo para os colegas, na Escola de Drama, da Universidade de Yale, participando de inúmeras peças, a pedido dos próprios professores.
Durante as filmagens de "Mamma Mia!", dava sugestões à Phyllida, em várias cenas, garantindo-lhe que elas poderiam ficar bem melhores. Phyllida apostou sempre na visão de Meryl, em sua experiência, no seu perfeccionismo e, sobretudo, no seu portentoso talento, afinal, estava dirigindo a mega-estrela Meryl Streep! Por isso foi tão intensa, transbordando emoção, a interpretação de Meryl, na cena do penhasco, cantando "The Winner Takes It All". Esta foi uma 2ª gravação: Meryl disse a Phyllida que "teria algo bem melhor para lhe oferecer..." Tudo isso, reunido, transformou "Mamma Mia!" num grandioso sucesso de bilheteria, e colocou Meryl, definitivamente, num pedestal de ouro muito merecido, por sinal.
     Tenho certeza de que "The Iron Lady" será mais uma obra-prima da fantástica Meryl Streep. Acredito, completamente, no seu infinito talento e na sua adorável sensibilidade. Por sua vez, Phyllida confiará, mais uma vez, deixando Meryl com uma certa liberdade para dar vida a "sua" Lady Thatcher, com todo esmero e cuidado, que vem dedicando à nobre personagem. Então, Meryl, voará pelo universo de sua Arte, superando-se, mais uma vez, como já lhe é habitual.
     Desejo que tudo fique perfeito, neste novo trabalho. E, quanto à dupla Meryl Streep e Phyllida Lloyd, como se costuma dizer aqui, no Brasil, "não se mexe em time que está ganhando..."

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Os defeitos perfeitos de Meryl Streep

     Há muito não existia uma liderança feminina tão portentosa como Meryl Streep, que possui qualidades de todas as espécies. Apesar do status que adquiriu, como blockbuster, assumiu responsabilidade com a realidade da sua verdade lógica, sempre brilhante e coesa, com a do seu coração. Até seus possíveis defeitos são necessários para complementar a química perfeita com que cria as suas personagens. Se Meryl não soubesse o que fosse ter raiva de algo ou de alguém, o que seria de Madeline Ashton?...

... E Eleanor Shaw, uma política fria, calculista e mãe incestuosa?... 

     Meryl é humana demais, portanto, passível de defeitos que, por sinal, são todos lindos nela, porque  é muito  sensível. E sendo perfeccionista, encontra, dentro de si mesma, a emoção de que precisa para dar vida às personagens tão diversas, que representa, fazendo com que elas se materializem, no seu corpo e, ao mesmo tempo, adquiram um cisco de sua alma. Seu trabalho sempre será perfeito. Por isso, Meryl é única.