Meryl Baby

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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Meryl Streep, em Donna... (3)

       Quando Sam apareceu, diante dos seus olhos, Donna sentiu o quanto o amava. Toda sua auto confiança desabou: ela não acreditava mais no amor dele, por ela. A partida de Sam havia levado, de vez, a crença de que seria capaz de inspirar um amor sincero, no coração de um homem. No entanto, olhar para ele, agora, despertava todas as suas emoções, até então adormecidas. 
       Meryl tem o poder de sentir, exatamente tudo, o que se passa dentro das personagens que representa, fruto das suas sensibilidade e empatia. O Sam, de Pierce, era calmo, passava a imagem de acomodado, conformado, sem coragem de se aproximar de Donna. Talvez, não quisesse provocar uma reação adversa nela, coisa que poderia vir a atrapalhar as possibilidades futuras (ainda que bem remotas) de uma reaproximação. Sam também achava que não tinha qualquer chance de reconquistar o grande amor de sua vida.  Torturaram-se, naqueles dois dias. Mas as músicas, as danças, foram conduzindo-os a uma situação inevitável, de encontro.
       Habituada a mergulhar profundamente na fragilidade feminina, Meryl apoderou-se do coração de Donna e acoplou-o ao seu. Nesse instante, sentiu o  intenso amor da mãe de Sophie, colado à saudade, à desilusão, à tristeza de se sentir esquecida, trocada, abandonada. Na verdade, Sam passara todo aquele tempo em seu coração, em meio às lembranças, que nunca a deixaram em paz.  
       Vestidos de Donna e Sam, Meryl e Pierce se contagiaram. Seus roteiros eram simples, porém apaixonantes: suas emoções não conseguiram escapar ilesas. Além do que, Meryl é amor, é alegria, é força, disposição. Todo o seu estilo é intenso, efervescente. Meryl é Vida. E que os anjos digam amém!

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