Quando penso em Donna, penso, imediatamente, em Meryl. Sei lá porquê, não consigo separar as duas: eu capto, em Donna, algo real e, em Meryl, algo fantástico. Sinto que, entre elas, existe uma estranha conexão, um tipo de osmose e chego à conclusão de que o temperamento de Donna é, sem sombra de dúvida, muito parecido com o dela. Ambas são mulheres fortes, decididas, independentes, sensíveis, inteligentes, vivazes, muito amorosas - talvez porque não se sintam suficientemente amadas, conforme gostariam de ser... Meryl corre, canta, brinca com todo mundo, dança, de frente, de costas - como fez no tapete vermelho, do Festival de Roma - sobe escadas, correndo, com saltos altíssimos, para receber seus prêmios - como no SAG 2009 (por "Dúvida"), no National Critics Awards 2009 (por "Mamma Mia!")... -Meryl fez um "spacatte" e Donna fez a mesma coisa, porque uma estava na outra!...
Meryl ama muito, tem a sensibilidade à flor-da-pele e Donna é a mesma coisa. O amor de Donna, por Sam, sublimou-se, no tempo. Quando ele voltou a encontrá-la, encontrou também, aquele amor todo, ali, guardado dentro dela, a sete chaves, porém inteiro, emocionante, jovem, um amor de pouca idade, num coração que já não tinha tão pouca...
Meryl "vestiu-se" de Donna mas não esperava que ela fosse tão jovem. Não podia imaginar a vida naquela ilha paradisíaca, uma Natureza exuberante, aquele mar lindo: tudo ali exalava amor! Não podia esperar que aquele mundo fosse todo de jovens e ela, ali no meio, não tão jovem... e a vida ficou muitíssimo "funny"!
Quando Meryl fez Donna, sentiu-se rejuvenescida. Aquela juventude toda, a sua volta, aquele cenário lindo, saudável... e amor, casamento, flores e seus perfumes, luar, música, dança... tudo mexeu muito com ela, fez uma reviravolta muito grande, dentro dela. Ela se contagiou. Ficou com marcas indeléveis, inesquecíveis... "Mamma Mia!" deixou marcas profundas em Meryl.
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