Meryl Baby

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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Meryl Streep, em Donna... (1)

  
   
     Quando penso em Donna, penso, imediatamente, em Meryl. Sei lá porquê, não consigo separar as duas:  eu capto, em Donna, algo real e, em Meryl, algo fantástico. Sinto que, entre elas, existe uma estranha conexão, um tipo de osmose e chego à conclusão de que o temperamento de Donna é, sem sombra de dúvida, muito parecido  com  o  dela.  Ambas  são  mulheres  fortes,  decididas, independentes, sensíveis, inteligentes, vivazes, muito amorosas - talvez porque não se sintam suficientemente amadas, conforme gostariam de ser... Meryl  corre, canta, brinca com todo mundo, dança, de frente, de costas -  como fez no tapete vermelho, do Festival de Roma - sobe escadas, correndo, com saltos altíssimos, para receber seus prêmios - como no SAG 2009 (por "Dúvida"), no National Critics Awards 2009 (por "Mamma Mia!")... -Meryl fez um "spacatte" e Donna fez a mesma coisa, porque uma estava na outra!...



     Meryl ama muito, tem a sensibilidade à flor-da-pele e Donna é a mesma coisa. O amor de Donna, por Sam, sublimou-se, no tempo. Quando ele voltou a encontrá-la, encontrou  também, aquele amor  todo, ali, guardado dentro dela, a sete chaves, porém inteiro, emocionante, jovem, um amor de pouca idade, num coração que já não tinha tão pouca...
     Meryl "vestiu-se" de Donna mas não esperava que ela fosse tão jovem. Não podia imaginar a vida naquela ilha paradisíaca, uma Natureza exuberante, aquele mar lindo: tudo ali exalava amor! Não podia esperar que aquele mundo fosse todo de jovens e ela, ali no meio, não  tão  jovem... e a vida ficou  muitíssimo "funny"! 









     Quando Meryl  fez Donna, sentiu-se rejuvenescida. Aquela juventude toda, a sua volta, aquele cenário lindo, saudável... e amor, casamento, flores e seus perfumes, luar, música, dança...  tudo mexeu   muito   com    ela,    fez     uma  reviravolta  muito  grande,  dentro  dela. Ela se contagiou. Ficou com marcas indeléveis, inesquecíveis... "Mamma Mia!" deixou marcas profundas em Meryl.

     Enquanto filmava, ela se divertia como uma adolescente, porque era assim que ela precisava se sentir... Donna havia esperado, pelo Sam, vinte anos! Quando ele apareceu, foi como se tivesse descongelado uma imagem, soltado o "stop". Os dois já não eram os mesmos, devido as suas respectivas  vidas, idades e experiências... mas o filme deles, de vinte anos atrás, congelado,  parado  no tempo, começou a passar novamente! Foi um descompasso, para os dois! Eles não podiam jamais imaginar que aquele passado voltaria, um dia, com tanta força, passando por cima de tudo, pisando em cima de mágoas, das dúvidas, dos preconceitos, do grande desencontro do passado, rompendo barreiras, voraz...




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