Meryl Baby

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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Meryl Streep, em Donna... (2)

     
      E, o passado veio com tudo, poderoso como um tufão, cheio de pressa, de azul-turquesa, de verde-água, verde-árvore, de borboletas e flores, docemente perfumado, colorido de rosa-amor e  vermelho-paixão.  Quando se aproximou deles, a fúria desse tufão se abrandou para permitir que  os namorados  se envolvessem, novamente.
       Agora, era um amor adulto, carregando um tristonho passado, com um longo intervalo, espacial e temporal; de vivências, de experiências frustrantes, decepcionantes... tentativas inúteis de obterem um esquecimento recíproco.


     Mas Donna e Sam jamais se esqueceram . A própria ausência de um, na vida do outro, provocou esse encontro, porque era uma ausência muito grande, muito forte, muito viva, impregnada de saudade, de lembranças, de juventude, beleza, irreverência, de coragem, de ingenuidade, de sonhos e planos... Esta ausência acompanhou-os, em suas vidas, paralelamente. Substituiu um na vida do outro, para que não se esquecessem. Tão grande ela era que parecia ter corpo e alma, como se fosse um e outro. Talvez, se estendessem a mão, pudessem senti-la e tocarem, sua pele, o seu revestimento.
      Houve, na realidade, um terrível desencontro, desconhecido, ainda, para os dois, que partiu ao meio, o enorme coração, que os unia. E, durante anos de suas vidas, durante as suas juventudes, ficaram distantes, sem compreender direito, o que havia acontecido com os seus destinos.
      Mas o Amor verdadeiro é indestrutível: ele jamais termina. Continua vivo e vence todas as distâncias. E, esse Amor que sentiam era recíproco, mas seus corações eram jovens demais, e não souberam administrá-lo....

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