Cinema - Postado em 3 de fevereiro de 2012: Comentários » A Dama de Ferro e do Cinema
Meryl, Meryl, Meryl. Sempre ela. Em muitos casos a superexposição de estrelas, da telona, desgasta a imagem. Mas este não é o caso. Meryl Streep é uma constante de talento, arrasando até mesmo em comédias românticas como “Simplesmente Complicado”. Não é à toa que ela é a recordista de indicações ao Oscar, com 16 nomeações, embora tenha levado a estatueta apenas duas vezes. Este ano, como não poderia ser diferente, lá está ela de novo como forte candidata, dessa vez por “A Dama de Ferro”. E, se a Academia for justa, a musa da Sétima Arte deve faturar seu terceiro Oscar.
Meryl, Meryl, Meryl. Sempre ela. Em muitos casos a superexposição de estrelas, da telona, desgasta a imagem. Mas este não é o caso. Meryl Streep é uma constante de talento, arrasando até mesmo em comédias românticas como “Simplesmente Complicado”. Não é à toa que ela é a recordista de indicações ao Oscar, com 16 nomeações, embora tenha levado a estatueta apenas duas vezes. Este ano, como não poderia ser diferente, lá está ela de novo como forte candidata, dessa vez por “A Dama de Ferro”. E, se a Academia for justa, a musa da Sétima Arte deve faturar seu terceiro Oscar.
O mais recente longa protagonizado por Meryl Streep narra a trajetória de uma das figuras mais marcantes da História Contemporânea: a implacável ex-Primeira Ministra britânica Margaret Thatcher. A narrativa se inicia no tempo presente, mostrando uma Margaret velha, demenciada, cada vez mais vulnerável, física e emocionalmente, lutando para tentar manter a mesma figura autossuficiente e irredutível que a levou a ser apelidada, pelos soviéticos, de “a dama de ferro”. A frágil senhora relembra sua vida, através de conversas com o marido, já falecido (Jim Broadbent), que funciona como seu alterego na trama.
Através das lembranças, o filme busca retratar um outro lado da mulher arrogante e intransigente, expondo os conflitos internos pelos quais ela passou para chegar ao posto político mais importante do Reino Unido e mantê-lo por mais de 11 anos. Filha de um simples dono de mercearia, desde jovem estava decidida a conquistar um mundo dominado pelo sexo masculino. Logo cedo encontrou um homem que se apaixonou por sua inteligência, independência e determinação e que a acompanharia e apoiaria, durante toda sua carreira, mas que sofreu com a ambição e negligência da esposa, com a família. Além dos arrependimentos, quanto à relação que construiu com filhos e o marido, o longa também relata seu sofrimento, após tomar decisões políticas questionáveis, apesar de jamais aceitar ser contrariada, como a entrada na guerra contra a Argentina, pelas ilhas Malvinas, em plena recessão econômica britânica.
Através de profundos olhares e gestos sutis, que só Meryl consegue atingir, o longa, então, relata a angústia contida e velada de uma mulher, que não podia deixar transparecer suas emoções, para sustentar seus ideais e conquistar a vida política. Além do mérito da protagonista, não se pode deixar de citar a excelência da edição e direção. Um filme biográfico, essencialmente, baseado na subjetividade de uma personagem, corre grande risco de tornar-se maçante. Um exemplo é o também recém-lançado “J. Edgar”. Com narrativa bastante similar à “Dama de Ferro”, o filme se alonga demais e torna-se tedioso para o espectador, enquanto a “Dama” nos faz prender a respiração a cada etapa de sua vida retratada, como se fosse uma história ainda desconhecida. Cabe ainda o reconhecimento da maquiagem impecável, que foi o elemento final, para a transformação completa de Meryl, em Margaret.
“A Dama de Ferro” pode ser, então, classificado como um dos imperdíveis da temporada, pois atinge uma dupla consagração: uma dama da História e uma dama do Cinema.
Por Anapaulamansur
Fonte: Ambrosia.com.br
HOJE: PRÉ-ESTREIA DE "A DAMA DE FERRO" Aproveite!...
Cinemas e horários: veja na postagem de ontem, 03/02/2012.
Oh God! I'll be there! Of course!
A propósito: Meryl Streep ganhou mais um prêmio, de Melhor Atriz, pela sua performance em The Iron Lady! Isso foi em 02/02/2012, no Richard Attenborough Regional Film Awards (RafAs).
BRAVO, MERYL!
A propósito: Meryl Streep ganhou mais um prêmio, de Melhor Atriz, pela sua performance em The Iron Lady! Isso foi em 02/02/2012, no Richard Attenborough Regional Film Awards (RafAs).
BRAVO, MERYL!
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