Meryl Baby

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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Meryl Streep, na Marie Claire - França (2)


             Continuação da entrevista, de Meryl, à Marie Claire, França.

                                                              
             MC: Você chegou aos 62 anos, com muito viço e uma pele bonita. A que acha que se deva isto?
             Meryl: "Acho que tem a ver com o fato de que eu, quando pequena, já era velha. Se puxo pela memória, me vejo menina, em frente ao espelho, esmagando o rosto entre as mãos e contando exatas onze rugas. Ainda tenho as mesmas onze rugas, só que um pouco mais marcadas. E tenho carinho por cada uma delas… Sempre gostei das mulheres maduras, em especial das minhas avós, que eu amava tanto.
             MC: Você é uma dama de ferro, no seu dia a dia?
             Meryl: "Dama de ferro, eu? Só se for uma dama de ferro de passar. Já fiz muito isso na vida (faz o gesto de quem está passando roupas). E, ainda assim, se meus filhos têm algum problema, vão procurar o pai deles (o escultor Don Gummer, com quem Meryl se casou em 1978). Você cria quatro crianças, da melhor maneira que pode. Dá tudo a elas e recusa papéis, para não ser devorada pela culpa materna, ainda assim, “voilá”, é dessa forma que eles te agradecem (risos)
                                                                                 
           “Ainda menina, esmagava o rosto entre as mãos
             e olhava no espelho. Tinha onze rugas. Hoje
             são as mesmas, mais marcadas.”
                    - Meryl Streep -

          “Acho que a maioria dos homens faz tanto
            sacrifício quanto as mulheres, para equilibrar
            a vida pessoal com a profissional.”
                    - Meryl Streep -

           MC: Qual foi o maior sacrifício que você já fez por eles?
           Meryl: "Não fiz nada que o meu marido não tenha feito. Aliás, acho que a maioria dos homens faz tanto sacrifício quanto as mulheres, tentando equilibrar vida pessoal e profissional. Muito jovens, Don e eu tivemos de nos contentar com um teto sobre nossas cabeças e um colchão, no chão. Éramos 'duros', mas o casamento nos pareceu uma boa maneira de superar tudo isso. Don sabia bem onde ele estava se metendo, era amigo do meu irmão, antes de começarmos a namorar. Acho que ele não se arrependeu, pois estamos juntos há 33 anos!"
          MC: Mais uma vez você está no Oscar, como Melhor Atriz. Como se sente, com tantas indicações?
           Meryl: "É engraçado, mas a gente se sente mais jovem quando é nomeada. Fico emocionada de uma maneira que vocês não podem imaginar. Acho surpreendente que os coleguinhas ainda falem comigo, imagine então ser indicada por eles (risos). Faz muito tempo que participei da minha primeira cerimônia do Oscar. Foi em 1979, com a indicação de Melhor Atriz Coadjuvante, em "O Franco Atirador". Eu estava sentada ao lado de Gregory Peck e atrás de mim estava Betty Davis, minha musa, de quem sempre copiei muita coisa."
           MC: Depois de tantas indicações, você ainda fica ansiosa? Preocupa-se em ganhar?
          Meryl: "Nem que eu quisesse, teria como não pensar nisso. Todo jornalista que encontro me pergunta como me sinto em relação ao Oscar. Sinto-me lisonjeada, claro! Isso significa que as pessoas gostam do filme. E quanto mais as pessoas gostam, mais elas comentam com as outras, que também vão assistir."
          MC: A cerimônia de entrega do Oscar é a festa mais badalada de Hollywood. Como você se prepara para ela? Como escolhe o que vai vestir, por exemplo?
          Meryl: "Tenho crises de pânico toda vez que penso no que vestir. Isso me deixa realmente nervosa. Esperar que digam seu nome no palco, diante de centenas de convidados e bilhões de expectadores, também é desesperador. Às vezes, sinto que vou ter um colapso nervoso. Costumo tomar alguns drinques, antes de anunciarem a categoria em que estou concorrendo. Na verdade, essas cerimônias são sempre mais divertidas, para quem gosta dessas coisas. Eu me sinto honrada, mas também sobrecarregada. Quando o Globo de Ouro não era televisionado, como no início da minha carreira, era mais divertido. A gente se sentia realmente prestigiado pela indústria. Hoje me sinto mais como uma pequena engrenagem, em uma máquina gigantesca."

           Adorável Meryl!...

        

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