Meryl Baby

Meryl Baby

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Meryl Streep... criança feliz?...


            “I didn’t have what you’d call a happy childhood. For one thing, I thought no one liked me… Actually, I’d say I had pretty good evidence. The kids would chase me up into a tree and hit my legs with sticks until they bled. Besides that, I was ugly. With my glasses and permanented hair, I looked like a mini-adult. I had the same face I have today, and let me tell you the effect wasn’t cute or endearing.”

Fonte: mpriestlys
         
           "Eu não tive o que você chamaria de uma infância feliz. Por um lado, eu pensava que ninguém gostava de mim... Na verdade, eu diria que eu tinha provas muito boas. As crianças me perseguiram em cima de uma árvore e bateram nas minhas pernas, com paus até sangrarem. Além disso, eu era feia. Com os meus óculos e cabelo, com permanente, eu parecia um mini-adulto. Eu tive a mesma cara que eu tenho hoje e, deixe-me dizer-lhe, o efeito não foi bonito ou simpático. "
 
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            Existem várias maneiras que levam uma criança a se sentir rejeitada e, consequentemente, a pensar que ninguém gosta dela. Ainda que em casa, o ambiente seja agradável, não é o suficiente, porque os colegas, as outras crianças, podem ser malvadas, e a agridem com palavras duras. E até chegam a machucá-la, fisicamente, como aconteceu com Meryl. Isso marca, profundamente, a sua infância. E ela começa a buscar sozinha, em si mesma, as razões porque é tratada assim.
           Hoje é muito comum de se ver crianças com aparelho ortodôntico, embora mais modernos, coloridos, mais discretos. E óculos também. Mas aquele nosso tempo estava estigmatizado pelos mais diversos tipos de preconceito: raça, cor, preferência religiosa ou sexual... tudo isso derivava das terríveis notícias publicadas, sobre a determinação louca do monstruoso Fürer, de eliminar da face da Terra, todas as pessoas que não pertencessem à raça ariana pura. Daí, para os outros preconceitos, era um pulo. Ouvi muitas histórias de famílias de origem judaica, residentes no Brasil, que sofriam discriminação. As crianças eram perseguidas, nas ruas, nas escolas, por colegas que ouviam, em casa, comentários adultos, sobre a "limpeza" que se fazia, na Europa, palco da Segunda Grande Guerra Mundial: o hediondo Holocausto!
            Meryl se julgava feia ou era condenada por seus colegas? Tinha "A mesma cara que tenho hoje e, deixe-me dizer-lhe o efeito não foi bonito ou simpático". - Se tinha a mesma face de hoje, não era feia, porque hoje não o é: ela é muito bonita!... Bem, permanente no cabelo, era moda para mães e filhas, sei lá porquê! Nisto também fui vítima. Odiava fazer aquela "plástica", nos meus cabelos. O sofrimento de nada adiantava: eles cresciam lisos novamente. Mais seis meses, e lá ia eu, de novo, para aquela maldita cadeira de tortura. No dia combinado, eu já acordava passando mal, indisposta, com o estômago na boca. Voltava do salão, com a cabeça doendo, o couro cabeludo dolorido e vermelho, por causa da reação ao produto e pelo calor do secador. (devia ser proibido fazer aquilo com inocentes). À noite, não dormia direito com o ardor na cabeça e o sistema nervoso abalado. Era violento para uma criança alérgica, com crises qinzenais de bronquite, exausta, que também se achava feia, certa de que ninguém a amava (com exceção da minha avó querida...). Não usava óculos nem aparelho nos dentes, mas vivia crivada de injeções diárias, para prevenir que o muco se acumulasse, nos meus pulmões: não existiam ainda, roupas, cobertas antialérgicas. E Meryl, que vivia num lugar onde nevava?!... Não sei como adquiriu a bronquite... Talvez tenha sido por causa da umidade, das roupas de lã, como foi o meu caso. Mas eu me curei aos 45 anos, morando numa cidade linda, muito vento, praias incríveis, domínio do Sol. Era tudo de que eu precisava. E a minha Querida Meryl, em 2009 ainda teve uma crise, enquanto promovia "Doubt"... (quando vejo o vídeo, me dá falta de ar e vontade de chorar, de tanta peninha dela: como pode alguém viver sem ar?!...)
             A personalidade nasce com a gente, é fato. Nos vídeos de Meryl-criança eu a vejo fazendo coisas, trejeitos, rindo, do jeito lindo como faz hoje!... Ela nasceu pronta para brilhar e só precisava crescer, para ser adorada, por todo mundo, como é agora! Que Deus sempre a abençoe e proteja!

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