" Estou tão feliz, para o nosso filme, que Julia e eu tenhamos sido indicadas. Nós duas estamos muito orgulhosas de "August: Osage County". Esta honra da Academia, pela qual somos verdadeiramente gratas, vai ajudar a chamar a atenção, de público, para o nosso filme, para todo país, o que é emocionante! "
- Meryl Streep, após ser indicada para o 18º Oscar, de sua Carreira.
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Se Meryl não fosse indicada por esse filme, seria uma ignomínia! Para mim, este é o papel mais dramático de todos que já fez, na sua brilhante Carreira! Sem qualquer modelo humano, sem se parecer com a personagem, Meryl criou, do NADA, a Violet, e se superou, mais uma vez! De onde ela extraiu tanto sofrimento transformado em ódio, eu não sei! Obra Pura dos seus inatos Talento e Empatia, só pode! Sua Atuação é tão forte e brutal que chega a doer! Saio do cinema com a alma pesada e o coração esmagado!
Nesse Trabalho, a minha Meryl querida está irreconhecível! Parece que carrega nos ombros todas as dores do mundo! De irônica, cruel, cínica, com uma frieza glacial, ela salta de um polo a outro, dolorida, frágil, menina, revelando às filhas a sua paixão de adolescente, carente de compreensão, de respeito, de amor. Depois de ouvir os comentários das filhas, excluindo-a de suas vidas, num raro momento de fraqueza - talvez esperando ser desculpada por elas - arremata, do seu tétrico passado, o episódio das botas. Uma única lágrima ameaça cair, apenas ameaça: ela está seca, opaca, saco de inesquecíveis e mórbidas memórias.
Morro de pena da Violet. Vê-se, claramente, que é uma mulher inteligente e sensível. É, sim, sensível! Por gratidão ao ato heroico da irmã em sua defesa, soube perdoar-lhe a traição, com seu próprio marido, e a maternidade consequente: sempre soube de tudo e nada falou ou reclamou direitos. Se soubesse da histerectomia de sua filha mais nova, aquela a quem considerava a única Bondade de sua história... quem sabe, a teria livrado da terrível revelação?...
Quero ler esse livro. Será infinito compreender, muito mais profundamente, a 'incorporação' de Meryl. Provavelmente encontrarei verdadeira Riqueza do seu Talento, no ato de Criar a problemática Mrs. Weston. Não abro mão de nenhuma letra da minha crítica a esse seu Extraordinário Trabalho: Meryl se violentou quando deu vida à Violet... e deve ter levado muito tempo até se 'desligar' dela.
Que fique bem claro: O OSCAR-2014 PERTENCE, POR EXCELÊNCIA, À MERYL STREEP!
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