Meryl Streep, deixando claro...

                                                                           

        

        "Eu estou um pouco alarmada. Eu sou grata que eu tive uma espécie de renascimento do interesse na minha carreira. É maravilhoso, realmente é."

         - Meryl Streep

*             *             *             *

     Concordo que seja alarmante. Também acho. Topar, de repente, na rua, com uma cara desconhecida, olhando para ela, loucamente feliz, deve ser apavorante! Mas não concordo com  "uma espécie de renascimento do interesse na minha carreira". Absolutamente, não! Não existe o renascimento de algo que nunca morreu! O Trabalho de Meryl sempre foi magnífico! Os veículos de comunicação é que eram muito fracos. A meu ver, o Teatro funcionou, durante um bom tempo, a base dos comentários de quem assistia as peças. Num belo dia, Jane Fonda 'puxou' Meryl para dentro de um set de filmagem ("Julia"). E os poucos minutos de sua aparição foram suficientes para que os refletores nunca mais se apagassem, sobre a jovem Atriz. Mas para fora dos EUA, especialmente no Brasil, as notícias chegavam através de uma ou outra revista. (E, até hoje, aqui nessa terra, se não fosse o advento da Internet, raramente teríamos uma notícia sobre 'Meryl Streep'!)

            O Teatro coloca o ator em contato com o público. Mas o Cinema afastou Meryl desse convívio. Em compensação, premiou-a com 2 Oscars, logo no início da Carreira cinematográfica. Mãezona, Meryl não aceitava convites para filmar longe de casa. Somente por isso, seu Trabalho parecia 'morno', assustando-a com o pensamento "agora, acabou". 

          Meryl criou fama de Atriz dramática e o seu público era um pouco restrito e seletivo - sei de muita gente que abominou "She Devil". Independente do roteiro, sempre podia mostrar seu extraordinário Talento. Sendo indicada várias vezes ao prêmio da Academia, parecia que o 3º Oscar nunca chegaria as suas mãos. Mesmo injustiçada, continuou exibindo a sua Excelência. 

          Os filhos cresceram e ela se sentiu mais à vontade, para diversificar seus Papéis. Meryl se abriu e permitiu que a Grande Atriz que vivia dentro dela se mostrasse, de corpo e alma. Depois de "O Diabo Veste Prada" surgiu um grupo diferente de fãs, os jovens. A partir de "Mamma Mia!" esse grupo difundiu-se, propagou-se por todos os cantos do mundo: explosão e recorde de bilheteria!

         Foi isso o que aconteceu. Não foi "uma espécie de renascimento do interesse na carreira", foi a difusão dela. Só se o "interesse", a que se refere, seja por conta dos produtores, diretores, roteiristas... colegas (Meryl é o grande marketing para as suas respectivas carreiras)... etc e tal. E os dólares, claro, dos quais uma fração, a sua Generosidade distribui aos mais desassistidos - todo mundo, antigos e jovens fãs, sabe disso. 

           Querida Meryl: se você conservar a sua Unidade - Meryl/Mary Louise - o seu número de fãs ainda vai aumentar muito! Posso lhe garantir que as minha duas lindas netas já entraram para essa sua lista!...  Que Deus lhe abençoe!