Meryl Baby

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terça-feira, 15 de abril de 2014

Meryl Streep, no Divã...


          Hum... hoje eu assisti "Um Divã Para Dois" pela trilionésima vez. Acho que nunca poderei me enjoar. Amo esse filme. Amo ver Meryl absolutamente, ela. Não sei não se é um libelo só pelas mulheres do mundo ou se é, em termos, também por ela - sempre fico boiando num mar de  dúvidas, sei lá...  Alguém, porventura, terá visto o Don demonstrar ciúme?... porque 35 anos é Tempo, minha gente!
           Bem, tem coisas que nos escapam. Estou com um cometário do jornal 'O Estado de São Paulo', referente ao filme em questão - meados de agosto de 2012. Um tanto ou quanto ultrapassado, mas interessante.
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               " Meryl faz, em filme, coisas que nenhuma estrela classe A de Hollywood fez. "

CRÍTICA: Atriz recordista em indicações para o Oscar vive privilégio em Hollywood.
16 de agosto de 2012 | 20h 31

            Cinéfilos de carteirinha talvez se lembrem da cena em que Deborah Kerr veste a camisola para tentar seduzir o marido coroa, em "Movidos pelo Ódio", de Elia Kazan. Kirk Douglas, que é quem faz o papel no filme de 1969, não está interessado porque tem uma amante jovem e sexy – interpretada por Faye Dunaway. 
             Não é o caso de Tommy Lee Jones em "Um Divã para Dois", de David Frankel. Quando Meryl Streep se põe sexy para o maridão, no quarto ao lado, e ele a despacha, é porque o tesão acabou. Mas ela insiste e arrasta o marido para uma terapia de casais. Steve Carrell é quem faz o terapeuta – sério. O filme, aliás, não é bem uma comédia, embora tenha cenas engraçadas. É mais um drama filmado como comédia.
          Meryl é recordista de indicações para o Oscar e este ano ganhou seu terceiro prêmio por "A Dama de Ferro". Ela sempre foi a primeira a se queixar de que a produção de Hollywood privilegia os homens e não oferece papéis a atrizes de ‘certa’ idade. Sua carreira é a prova de que isso não é verdade. Se reclamava, Meryl deve ter parado. É um raro caso de favorita dos críticos que precisou chegar aos 60 anos para arrebentar na bilheteria com "O Diabo Veste Prada" – também de David Frankel – e "Mamma Mia". Com absoluto despudor, Meryl faz, em "Um Divã para Dois", coisas que nenhuma estrela classe A, de Hollywood, fez. Ela ajoelha, e não é para rezar. Pratica com a banana, libera fantasias. Vale tudo para ressuscitar o marido no departamento em que ele parece morto. Cenas de um casamento? Pois é tudo – a transgressão, a ousadia – pela família. 

 Fonte: Luiz Carlos Merten, do "O Estado de São Paulo"          

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