Meryl Baby

Meryl Baby

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

À distância de Meryl Streep

           O maravilhoso de se adorar uma pessoa é a tranquilidade de saber que nada de mal poderá atingi-la, no que depender deste sentimento. Meryl me atraiu, primeiramente, com a sua Arte, pelo seu portentoso talento, evidentemente. Foi assim que a conheci e admirei, de imediato, tão pujante que sempre foi a sua atuação, cheia de verdades.
            Naquela época, era difícil ter notícias dela, ainda mais aqui, nesta minha terra que, até hoje, não admite a sua grandeza... Mesmo tendo se tornado, definitivamente The Blockbuster... Mesmo tendo a carreira reativada, justamente a partir de quando seu sucesso se alavancou... Desde o momento em que a carreira de uma atriz começa a declinar, devido ao preconceito etário (mas não é o seu caso, claro)... Ela foi elevada a um novo patamar, por milhões de braços jovens que, por instinto, já aprenderam a selecionar e a buscar o que é ótimo, mesmo que seja produto de outro país...
          Naqueles tempos, tudo era mais difícil, na comunicação. Eu me lembro de capas de revistas com suas fotos, cartazes de cinema...
                                                        
                                                       

       
       
             Mas Meryl estava a todo vapor, na maternidade, gerando obras únicas, legando o seu DNA ao Futuro, ao Mundo... E registrava sua Arte, em filmes... E participava de eventos humanitários, de projetos sociais, posicionando-se, politicamente, de peito aberto, pela Natureza e pela Humanidade... Nesta mesma época, era muito raro quem tivesse um computador, até porque a Internet era bebê... Verdade seja dita: pouco se falava nela, aqui, conforme ainda é, guardando as devidas proporções.
         Minha vida também era muito agitada, cheia de funções, obrigações, cobranças, uma família intolerante, que não aprovava minhas tomadas de decisões. Meus quatro filhos e o meu trabalho eram a minha vida, e eu precisava, às vezes, de que o meu dia tivesse 48 horas... Não havia tempo para o lazer. Vivi a maior parte da minha vida, dividindo-me entre a família e o trabalho... Aliás, em alguns aspectos, ainda é assim. 
         Por causa do meu acesso à Internet, conheci a Meryl, passei a vê-la com mais frequência e, a conhecê-la melhor. E a adorá-la, de forma completamente pura, de forma quase maternal e, o mais interessante, como se ela fosse um criança pequenina, inspirando-me uma ternura infinita... E, de verdade, não consigo imaginá-la de outro jeito.
         Um dia vou descobrir a transcendência de todas essas minhas conjecturas, a respeito de todas essas coisas... Mas enquanto isso não acontece, sinto uma saudade enorme e uma vontade imensa de me aproximar dela e dar-lhe um abraço, bem delicadamente, em slow-motion, com todo carinho e adoração que sinto por ela, como quem abraça uma criança bem pequena, com muito cuidado, para não magoá-la... Estou com muita saudade... E é a pior das saudades, aquela que resulta de nunca ter chegado perto, de desejar levar um choque, pelo encontro... porque Meryl é, literalmente, eletromagnética... É uma espécie de reator: se ela encostar, de leve, a ponta do seu indicador, no meu coração, estarei com as minhas baterias recarregadas, por muito tempo.
         É um castigo insuportável viver, assim, tão longe... Oh, my God!...

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