Meryl Baby

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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Entrevistando Meryl Streep (22)


            Uma  das  entrevistas   que   precederam   a   exibição   de   "Simplesmente   Complicado".   Desta    feita, o encontro foi com Meryl e Steve Martin.                                                                  

            Entrevistador: Qual a chave para uma boa risada falsa? Podem me ensinar?
           Meryl: "Acho que se pode dar uma risada falsa, mas é melhor encontrar algo engraçado na situação, o que pudemos fazer."
           Steve: Tive várias cenas onde tive que rir e, como você disse, quando se está fingindo estar doidão ou drogado, você começa a se sentir assim.
           Meryl: "Com certeza."
           S: Achei Meryl muito engraçada. E estou genuinamente rindo durante as cenas, o que foi meio que surpreendente. Um dos meus momentos favoritos, quando estamos no carro e você está doidona e repentinamente começa a falar "uau, o que é esse painel?". Foi uma transição tão suave. Foi a conclusão natural para a última fala.
           E: Outra cena engraçada é a cena do Skype. Ouvi que Nancy queria que você visse alguma coisa no monitor.
           S: Sim, gravamos as cenas em dias separados, não tínhamos Alec Baldwin. Ela colocou "a nude double", na tela do Skype e não me disse. Faz com que faça "wow". Foi quando eu conheci o cara e ele disse...
           E: E ele disse: olá.
           Meryl: "Foi o começo do relacionamento."
           S: É, e hoje estamos casados.
           E: Esse ano você será o host, co-host do Oscar (Academy Awards) e talvez seja indicado. Quão complicado será?
           S: Bom, não estou preocupado com uma indicação minha, mas os dois, Alec e Meryl, têm boas chances e estarei lá para abrir os envelopes para eles.
            E: Você (aponta para Meryl) é a atriz mais indicada.
            S: É verdade?
            Meryl: "Sim."
            E: Sabe algumas coisas sobre o Oscar. O que torna um apresentador bom?
           Meryl: "Nunca presto atenção no host porque estou sempre pensando no meu discurso caso ganhe, o que não aconteceu nas últimas doze vezes seguidas, treze."
            S: É verdade?
           Meryl: "Sim. Tive 13 ensaios de discursos enquanto o host está falando "blá blá blá" e estou pensando, porque da última vez que ganhei, e te contei isso (ao Steve), esqueci o nome do produtor, lembrei do nome de todo mundo da equipe, e esqueci o nome do produtor e ele ficou bem bravo comigo. Então não estou realmente prestando atenção no que o host diz."
           S: A minha percepção é que você ganhou em todas as vezes que foi indicada. É a minha percepção! Está dizendo que não é verdade, mas...
            Meryl: "Muito gentil da sua parte."
            S: É a verdade, não é ser gentil.
            Meryl: "Não me puna por isso! Geez!"
            E: Digamos que é 7 de março, 19h. O que passa em suas cabeças?
            Meryl: "Cadê meu desodorante?"
            S: Sobre o quê?
            E: O que diria? O que passa pela sua cabeça antes do monólogo?
            Meryl: "7 de março é a noite onde será co-host do Oscar."
            S: 7 de março! ohh, ok! Entendi 7 horas, desculpem. Na primeira vez que fiz, estava treinando no backstage sozinho. Quando estava para sair, pensei "o que estou fazendo aqui?"
            Meryl: "Ai, meu Deus!"
            S: Senti um arrepio estranho. Foi como entrar numa banheira de gelo.
            Meryl: "Não consigo imaginar. Eu morreria!..."
            S: Então me acalmei. Já fiz isso antes. E agora me sinto bem com um co-host muito engraçado.
            Meryl: "Ele já esteve num estádio, na frente de 25 mil pessoas!"
            S: Não me importava antes do Oscar.
            E: Esse ano a Academia extendeu a categoria de melhor filme para 10. É bom para as comédias?
             S: Acho que sim. Mas descobriremos, não?
            Meryl: "Acho que o número de filmes que saíram desde o começo do Academy Awards mais do que duplicaram. Em outras palavras, o número de filmes que saíram... me lembro nos anos 70, não tínhamos que assistir a 400 filmes. E hoje é o que temos."
            S: Antigamente tínhamos uma tendência maior para filmes comerciais, o que não está acontecendo há uns 15, 20 anos. E eu acho que deveríamos voltar a isso. Porque metade dos filmes as pessoas não sabem o que é. Assim como os Tonys.
           Meryl: "Os Oscars também são sobre pessoas vivendo num mundo automatizado... A idéia de que pessoas estão ouvindo as mesmas 10 músicas, como nos anos 60, vendo os mesmos 10 filmes. Não funciona assim. Tem tantos públicos diferentes. As pessoas não assistem às mesmas coisas, elas não ouvem as mesmas músicas, nem compartilham as mesmas opiniões políticas, não assistem ao mesmo jornal, não pensam as mesmas coisas sobre o mundo. E no Oscar tentamos juntar tudo..."
           S: Não é mais negócio... No Grammy temos umas 400 categorias.
           E: Uma coisa que notei na sua carreira é que fez mais comédias. Estava imaginando... é algo que sentiu que deveria fazer ou que irá seguir?
           Meryl: "Ano passado fiz "Doubt", que não era tão engraçado."
            S: Está brincando? Não se menospreze! Foi hilário! Toda aquela vestimenta de freira...
          Meryl: "Também fiz "Rendition" e "Lions for Lambs", dois dramas políticos que ninguém viu. Acho que as comédias são mais comercialmente viáveis e alcançam um público maior, então as pessoas sabem mais delas."
           E: Quais são as coisas que queria fazer e não fez?
           Meryl: (mexendo com o Steve) "Ainda não interpretei Julia..."
           S: Hum... Mais tarde falamos sobre isso. Precisa de alguém que seja muito sério, com você...
            
           A irreverência de Meryl é uma coisa mesmo muito fofa...

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