Meryl Baby

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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Bis, para Meryl Streep! (Parte 2)

         
                                                                                 
             Ela começa tão humildezinha... A fala é mansa como a de uma mulher, naturalmente, conformada com um insípido casamento. Vai assim, timidamente, até quando se solta e começa o show! Aí temos a nossa Meryl verdadeira, ilimitada, sem barreira, transformando a Kay meiga e exigente. Revoltada, chora com a graça de uma mulher cansada de se calar, frustrada, desesperada, desejosa de  recuperar a emoção  daquele homem, por quem é eternamente apaixonada. 

                                                                                    
          Sempre que foge, corre com segurança e graça. Parece uma garota. O choro que emprestou à Kay  é muito doce, quase infantil, adorável. As roupas, as camisolinhas, tudo está de acordo com o íntimo da personagem, tudo está de acordo com o íntimo de Meryl que, agora, sente, na pele, o desejo contido de sua muito bem construída, Kay. 


        Então, a sua sensualidade se espalha, na tela, viva, diante de um público desprevenido para a intensidade da interpretação, até então, intencionalmente morna e comportada. Ali está a Meryl capaz de uma atuação perfeita, soberba, insuperável. Kay não é mais uma simples personagem. Entrou para a História do Cinema como uma grande e poderosa mulher, loucamente apaixonada pelo marido e com enorme poder de sedução. Ela ficou com o DNA da deslumbrante Meryl Streep.

                                                                              
          Hoje foi a estreia de "Um Divã Para Dois". Se acontecer, devidamente, a propaganda boca a boca,  o filme será, provavelmente, um campeão de bilheteria, o mais recente blockbuster da gloriosa Meryl Streep.   Que Deus a abençoe.

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