Meryl Baby

Meryl Baby

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Dorme e sonha, Meryl Streep...


                                                                               
          Apesar de tanto tempo "convivendo" com ela, tenho que me referir, a ela, como Meryl Streep, a Atriz Meryl Streep. Não é ruim, para mim, claro, mas é meio impessoal. Ela é tão diária, na minha vida, que a considero íntima. Por isso gostaria de intitular minhas postagens com, simplesmente, Meryl. Mas Streep é sobrenome de família, de seus pais... Este é o problema: a pessoa precisa ter um sobrenome porque lhe dá a autenticidade, lhe atribui um passado, que atravessa o Tempo, passando por toda a Árvore Genealógica, pela sua Ascendência... então, continuarei utilizndo o próprio Meryl Streep e, no teor, Meryl.

                                                                                 
           É, exatamente, 0h e 11min, aqui, no Rio de Janeiro. É o meu horário preferido, para escrever. O dia é muito agitado e cheio de sons, além dos meus afazeres, de dona-de-casa. Deveria estar dormindo, mas não me deito cedo, mesmo: bastam-me 6 horas de sono, e acordo ótima, para uma nova jornada. Mas Meryl, certa vez falou que dormia, pelo menos 8 horas, por noite. Acho muito bom que seja assim, afinal, ela é muito ativa e costuma memorizar léguas de textos: precisa, realmente, de descanso. Talvez, ela já esteja dormindo...

                                                                         
           Lembro-me da minha avó amada, Nina, que gostava muito do Vicente Celestino, dono de um vozeirão. Meu avô também gostava. Durante a minha infância, ouvi várias vezes, aquela música preferida da minha avó e que se tornou, também, a minha favorita, "Noite Cheia de Estrelas", cujos primeiros versos me encantavam...
            " Noite alta, céu risonho,
             A quietude é quase um sonho.
             O luar cai sobre a mata
             Qual uma chuva de prata
             De raríssimo esplendor!..."
... eu era menina mas já gostava de poesia. Minha avó, que muito me amava, ficava maravilhada comigo: de olhos fechados, eu ouvia a música que meu avô cantava, para mim, acompanhando Celestino. De todos os netos, eu era a preferida, inclusive, eles eram meus padrinhos de Batismo. Agradeço a Deus por terem sido eles, e pelo Amor tão grande que me dedicaram: foram eles que me ensinaram a amar, do jeito que eu amo.                                                                   

                                                                               
         Aqui, no Rio, é inverno. Atípico, não existe frio. A temperatura é amena. E o silêncio da noite é delicioso. No lado ocidantal, da Terra, é um período sagrado: quase todos dormem. Fico imaginando as famílias dormindo: amigos, parentes; meus filhos, meus netos, Meryl - será que ela dorme como no filme "Um Divã Para Dois"? Parece uma criança, dormindo: inspira-me ternura. Lembrei-me, também, de Juca Chaves...
           "Na alameda da Poesia
           Chora rimas o luar
           Madrugada e A. Maria
           Sonha sonhos cor do mar
           Por quem sonha A. Maria,
           Nesta noite de luar?

           Por quem sonha A. Maria
           Quem lhe fez assim sonhar?
           Por quem sonha A. Maria
           Eu não sei, nem o luar."

                                                                                   
           Deus abençoe todas as pessoas que estão dentro do meu coração.
           Boa noite.

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