Meryl Baby

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segunda-feira, 28 de março de 2011

Entrevistando Meryl Streep (2)

          Durante esta entrevista, Meryl defende Miranda Priestley porque também é perfeccionista, com relação ao seu trabalho, que considera sua realização e prazer, apesar de sempre considerá-lo sustento.
          Em Londres, após filmar "Mamma Mia!", Meryl disse que se inspirou nos homens que são poderosos e  não falam alto, obtendo, mesmo assim, a obediência  dos seus subordinados.
           Também enfocou a questão da carreira juntamente com a maternidade, um dos pontos mais delicados na vida de sua mais elegante personagem.
          Continuemos a conhecer Meryl:
          E: Há algo que possamos aprender com Miranda?
          Meryl: "Huuuum... não sei. Este não é um filme educativo."
          E: Como o figurino ajudou na confecção da personagem?
          Meryl: "É notório que sou um peso para qualquer figurinista, porque sempre tenho uma opinião sobre como meus personagens devem se apresentar. Também acredito que nos expressamos e nos mostramos para o mundo a partir do que escolhemos para cobrir nossos corpos. Para mim, roupas são espécies de personagens. Não acompanho as tendências da moda, nem entendo do assunto. Mas, depois de trabalhar neste filme, entendo de marketing mais do que nunca..."
          E: Como manter o orçamento e usar roupas caríssimas?
          Meryl: "Tudo que vesti foi uma conquista imensa, da produção de Pat Field, porque ela não tinha orçamento para tamanho trabalho. Já usei esta analogia antes e não vou me esforçar para pensar em outra: decidem fazer um filme espacial numa garagem, em New Jersey. Eles não reservam uma parte do orçamento para construir a aeronave e as roupas são caríssimas. Em "O Diabo Veste Prada", uma das bolsas custava 12 mil dólares. É inconcebível, para mim. E havia várias outras bolsas, com este preço, no figurino. Daí, uma de 4 mil dólares acabava parecendo uma pechincha. Você é obrigada a ajustar toda a sua forma de pensar. Para dar conta do trabalho, Pat usou todos os seus conhecimentos e usufruiu dos bons contatos que tem, com as marcas e estilistas, que nos emprestaram parte de suas coleções e peças de arquivo. Todos foram muito generosos e conseguimos o desejado. Tivemos 3 semanas para coordenar tudo. Ao final, tivemos pouco mais de 60 figurinos e, cada qual, com seus sapatos e acessórios. Tudo servindo impecavelmente. Foi bastante cansativo, para mim."
          E: Frases como 'o manequim 34 é o novo 42', a afetam, de alguma maneira?
          Meryl: "Penso sobre isto diariamente. Sim, claro, eu tenho 3 filhas e também já fui adolescente. Para mim, a moda tem alguns conceitos bastante destrutivos."
          E: Você diria que este filme é feminista?
          Meryl: "Bem, esta seria uma ótima maneira de afastar o público." (risos) 
          A propósito: com já disse, anteriormente, Meryl é uma pessoa muito simples e profundamente generosa, por isso, todos os figurinos que ganhou, de presente, no final das filmagens de "O Diabo Veste Prada", ela os doou para um leilão de caridade. Meryl tem mesmo, um lindo coração.   
        

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