Meryl Baby

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segunda-feira, 21 de março de 2011

A refinada classe de Meryl Streep



          Miranda Priestley foi um presente que Meryl nos deu. E ela tem orgulho de falar que nasceu num subúrbio de Summit, sua cidade natal. Aí, quando digo que ela nasceu feita, as pessoas menos esclarecidas, completamente alheias ao deslumbrante fenômeno cultural, chamado Meryl Streep, ficam me olhando, com um meio sorriso, complacentes... como se eu estivesse sendo vitimada por uma  exagerada crise de idiossincrasia. Mas os fatos estão aí! Não tenho culpa se são desinformadas, se são acumpliciadas com a mídia, viciada, por sua vez, nas inverdades do baixo capitalismo, que costuma direcionar os mais nobres interesses para dentro de um poço escuro, imundo e sem fundo. Assim, deixa-se embolorar a qualidade de um bem tão valioso e não renovável , para se expor aos alegres raios de Sol, aquilo que  foi determinado e imposto a um grupo massificado e sem voz.             
       


                                                         
           Meryl "gerou" Miranda, seguindo à risca o roteiro, porém não se trata de uma personagem fictícia. Há uma semelhança com alguém real e Meryl foi fiel a ela e a si própria. Não li o livro e o filme não se referiu às origens familiares de Miranda. Quanto à Meryl, esta sempre disse que começou trabalhando numa lanchonete... Quero dizer com isto que, as milhas de experiência, de estudo, de empatia que ela percorreu, naturalmente, até dar vida à grandiosa e classuda Miranda Priestley, é de se tirar o chapéu!

            Miranda é uma mulher importante, inteligente, determinada, que trabalha com muita seriedade e não tem qualquer plano de renunciar ao seu cargo, que é cobiçado por fortes candidatos. Possui, sim, um caráter muito forte, provavelmente endurecido, pelas circunstâncias de sua própria vida. Mas, particularmente, ama as filhas e procura compensá-las, pela sua ausência e pela falta de um pai, motivo pelo qual, não se perdoa. Muito admirada pelos homens, bonita e atraente, usa de seus atributos físicos, para envolvê-los e mantê-los sob seu poder, dentro do mundo fashion.


            Meryl deu à Miranda a beleza, o charme e a classe, exatamente, no ponto certo. Estava maravilhosa, na "Runway Celebrates The Age of Fashion", num tomara que caia, preto, contrastando com seu colo de alabastro. O decote generoso atraía as atenções masculinas e, ela movia os ombros, vagarosamente, mostrando seu rosto, de perfil, emprestando à personagem um leve toque  de sensualidade.







            Minhas cenas favoritas:
                * Quando ela analisa o traje da Andrea e diz, com ironia: "That's all."



          *Na cena em que ela aparece, sem maquiagem, chorando, falando com Andrea, e diz:  Bem, se você falar com ele, e ele decidir repensar o divórcio...aí, sim,vá buscá-lo. Você é boa nisso, então... vá buscá-lo. E aí, quando voltarmos para New York, precisamos ligar para Leslie... e pedir para ela abafar a imprensa, sobre esse assunto. "Other divorce." Escancarado na coluna de fofocas. Posso até imaginar o que vão escrever... "Dragon Woman... Carrer obssest... Snow Queen....way other Mr. Priestley". Rupert Murdock devia me pagar pelos jornais que vendo. Na verdade, não ligo para o que escrevem a meu respeito. Mas minhas meninas... É tão injusto com minhas meninas. Outra decepção. Outro desapontamento. Outra figura... paterna...que se vai. 




           Ali, sofrendo com ela, Meryl se transforma: agora ela é apenas Miranda, a  mulher, despida de sua costumeira posição, de suas roupas caras, simplesmente uma mulher. Só mesmo uma grande atriz, como Meryl Streep, para acrescentar a esta cena, tanto sentimento e tanta verdade. She is so.

                * Ela com Andrea, no carro, linda, tirando e colocando os óculos, sorrindo, nas cenas finais.








                        Adoro "O Diabo Veste Prada". Miranda Priestley é uma das minhas mais queridas personagens, criadas por Meryl Streep!
           
          
           




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