Adoro e assisto muitas vezes, a entrevista que Meryl deu a Jonathan Ross, em seu programa "Friday Nigth", quando fazia a divulgação de "Mamma Mia!", em Londres, em 2008. Ele foi mais que brincalhão e ela correspondeu à altura, divertindo-se muito durante toda a conversa, até que, perguntando-lhe algumas coisas sobre a sua convivência com diretores e atores, ela relatou um fato que nos deixou estarrecidas, a mim e a milhões de outras pessoas, com certeza.
Durante as filmagens de "Kramer vs Kramer", em 1979, minutos antes de fazer uma determinada cena, Dustin Hoffman aplicou-lhe uma bofetada na face direita e, segundo ela, com toda a força de que era capaz, deixando-a marcada (e perfeitamente visível, no DVD). Ele queria que a cena fosse forte e achou que ela, uma "novata", não saberia fazê-la, como ele desejava.
Em primeiro lugar, quem ele pensou que fosse? Acho que julgou Meryl "novata", por ele, enquanto novato. Acontece que Meryl era nova, mas não novata. Sua estrada teatral impunha respeito. Fizera um pequeno papel, em 1977, em "Julia", seu primeiro longa, com Jane Fonda e, pelo seu desempenho, fora convidada pelo diretor Michael Cimino, para fazer "Deer Hunter", com Robert De Niro e John Cazale, de quem era noiva. Por este filme, Meryl foi indicada ao Oscar, pela primeira vez, como Melhor Atriz Coadjuvante.
Dustin pode ter sido até um novato fraco, mas ela, não. Ele não podia tê-la julgado e, muito menos comparado-a, com ele. Ela sempre foi especial. Estava pronta para ser a melhor atriz do mundo. Por "Kramer vs Kramer", justamente, Meryl recebeu seu primeiro Oscar, como Melhor Atriz Coadjuvante. E a realidade está aí, para quem tem bom gosto e sabe "sentir" a emoção, a vida que ela empresta as suas personagens. O que é pior: aquilo foi uma monstruosa e ignóbil covardia, própria de um homem arrogante, prepotente. Ele é tão covarde que, até hoje desmente o fato. Pelo que sei, sobre a grandeza do caráter de Meryl, ela jamais faria uma acusação tão grave, contra uma pessoa inocente.
Na entrevista, Jonathan ainda perguntou se a cena havia se passado frente às câmeras... Meryl respondeu, com toda segurança que não e, que se tivesse sido, ela o teria levado à Corte (aos Tribunais). Então, ele que se retrate porque, agora, o mundo inteiro, que a ama, já está sabendo. Deus abençoe Meryl, sempre... e o perdoe, porque eu, pelo menos... nunca o perdoarei.
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