Através das entrevistas, podemos avaliar, de forma bem melhor, o grau de inteligência e cultura, com as explicações e as opiniões, do jeito com que Meryl as expõe. Sua forma oral, de se comunicar, é sempre objetiva e muito bem esplanada. Daí, a postagem de hoje, vir com traduções de algumas respostas dela, a um entrevistador.
E: Você não interpretou a antagonista do filme "O Diabo Veste Prada", como uma bruxa: qual é a sua visão de Miranda Priestley?
Meryl: "Eu só quis criar um ser humano, com todas as contradições e confusões que todos nós temos e somos. Penso que ela é uma pessoa focada, perfeccionista, altamente competente, disciplinada e ambiciosa, a ponto de não perder tempo com as gentilezas necessárias para tornar o mundo um pouco mais agradável e divertido. Por isto ela não é tão legal como muitas mulheres."
E: Miranda faz um discurso interessante sobre ser uma pessoa que qualquer um gostaria de ser. Como isto se aproxima de sua realidade?
Meryl: "Acho que o objetivo daquele discurso é mostrar o quanto uma carreira pode significar comprometimento e sacrifício da vida privada. Do ponto de vista de Miranda, ela quer sempre se superar e isto demanda muito de todos os aspectos de sua vida."
E: Você já teve de fazer este tipo de sacrifício?
Meryl: "Não. O showbiz tem sido generoso comigo. Concilio trabalho e períodos de pausa. Sou bastante indisciplinada e exatamente o oposto da personagem, em muitos aspectos.Mas eu a entendo, como mulher e admiro algumas de suas características."
E: Conte como construiu esta personagem...
Meryl: " As pessoas nas quais me inspirei... infelizmente não há mulheres suficientes, no poder, ou eu não as conheço, para usar como referência. Comparada às pessoas que conheço, Miranda é muito comportada. Ela se assemelha mais a uma diplomata, se comparada a algumas pessoas realmente poderosas, no nosso ramo. Conheço o livro escrito pela assistente de Anna Wintour, no qual o filme foi baseado; mas como o objetivo não era fazer um documentário, foi muito mais divertido criar a megachefona, a partir das minhas próprias experiências."
E: Você teve assistentes das quais se orgulhou, mesmo depois de não trabalhar mais com elas?
Meryl: "Sempre tive assistentes muito melhor qualificadas do que o trabalho exigia e eram pessoas incríveis. Tive muita sorte. Uma delas saiu para fazer trabalhos muito interessantes. Sou muito orgulhosa, por isto."
Aqui para nós: quem tem uma "chefona", como Meryl, está feita na vida.
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