Na entrevista postada ontem, Chuck disse que podia sentir a paixão, na interpretação de Meryl, cantando 'The Winner Takes It All'. Ela diz:
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" Eu sinto isto! A música tem que ser a Arte mais alta! Porque ela nos conecta com a melodia, e algumas sequências de notas movem você de uma forma... e, junto com a letra -que é uma ótima letra- é como se a vibração passe para o cérebro, e se conecte com seu coração e alma... E empurra você para tudo. É muito bom estar em um musical, por isto...E, como ator, você tem que criar, mas em um musical... tocam a... e, de repente, se cria um mundo de emoções."
- Meryl Streep -
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A sensibilidade de Meryl é uma coisa extraordinária! É por isso que ninguém consegue superá-la, sequer se parecer com ela! Meryl, toda, é um coração de quase 1,70 m de altura! Acho ela sente emoção, da cabeça aos pés! O que acho mais soberbo nela, como atriz, é a capacidade de fazer suas personagens, sentirem como pessoas! Ela sente a emoção que a música lhe oferece, através das sequências de notas. Estas sequências fazem-na vibrar, conectando seu cérebro com o seu coração e com a sua alma.
O resultado final, desta reação em cadeia, foi o que se viu quando Meryl cantou "The Winner Takes It All", filmando "Mamma Mia!". Aquele foi o momento mais lírico, o mais poético, do filme, com certeza. Meryl transformou esta música, numa verdadeira ópera, tamanho foi o seu envolvimento com o estado emocional de sua personagem. Ela mergulhou, profundamente, e conseguiu atingir o íntimo, o coração de Donna. Assimilou, com forte emoção, o seu amor e a sua saudade. Chorou, cantando, a dor que torturava a alma daquela mulher que, por vinte anos, vivera atormentada pela mágoa e pela saudade que sentia do homem, a quem tanto amava e que a abandonara, jovem ainda.
Foi intensa a paixão com que Meryl interpretou a música. Sua bela voz, seus soluços esparsos, todo o seu gestual, foram crescendo, como se o peito de Donna houvesse se rasgado, por não conseguir mais carregar, escondidos, tanta dor e tanto amor. É aí que eu digo que Meryl dá um átomo de sua alma a cada uma de suas personagens e, por sua vez, elas terão a missão de eternizá-la!...
Não há uma vez sequer, nas inúmeras reprises de "Mamma Mia!", que não me canso de assistir, que eu não termine com o rosto molhado de lágrimas. Dói-me demais a tristeza de Donna. Dói-me, mais ainda, a tristeza, em Meryl.
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