Continuando a postagem de ontem, Kurt Russel, que interpretou Drew Stephen, companheiro de Karen, recorda que, trabalhar com Meryl, foi "um dos pontos altos de sua carreira". Sua atuação era tão fantástica que era difícil acompanhá-la.
Cher, sobre Meryl: "Tive medo do meu primeiro encontro, com Meryl. Era como ter uma audiência com o papa. Alguém tão famoso assim, não pertence a este mundo. Eu, junto com a Meryl? Nunca!" Mas logo depois do primeiro contato, as duas já eram amigas. "Depois de dezenove anos no show business, tive, pela primeira vez, a sensação de ser levada a sério. Meryl me fez sentir que era tão atriz quanto ela."
Durante as filmagens, Meryl, Cher, Nora e Alice sentavam-se "para fofocar, e fazer piadas sobre nossos maridos."
"Não tive nenhuma influência no roteiro: estava na Iugoslávia. No começo, tive medo de não estar preparada, mas Mike me disse: 'Aqui estão pessoas que vivem numa espécie de cochilo, esperando que você as acorde. 'Suas palavras vieram corroborar meus sentimentos e minhas intenções de fazer soar o alarme, seja na Iugoslávia, seja diante de um contador Geiger."
Meryl conseguiu fazer de Karen Silkwood, uma mulher ambiciosa, que se opõe a Kerr McGee não por razões políticas, mas por se sentir vítima. Na festa de lançamento oficial de Silkwood, muitos expectadores tiveram dificuldade em reconhecer Meryl Streep, na pele da rude e vulgar Karen Silkwood.
Graças à atuação de Meryl, o filme não foi rotulado, simplesmente como mais um filme antinuclear. Logo na primeira semana, rendeu 12 milhões de dólares.
A cena mais difícil de fazer foi quando Meryl abre seu jaleco e, para chocar os operários, mostra o seio. "Porque tenho algumas reservas com relação a mulheres que se desnudam diante da câmera, mas fiz porque achei que, naquele momento, Karen seria capaz de fazê-lo. Este gesto não foi impensado mas, mesmo assim, é terrível e constrangedor fazer um gesto desses, diante de uma equipe inteira."
Esta é a integridade do caráter de Meryl.
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