Meryl Baby

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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Meryl Streep e o dia das Artes

           Hoje comemora-se aqui, no Brasil, o dia Nacional das Artes. Nossas origens indígenas estão aí, cheias de artesanato, para quem quiser ver... A própria natureza, da nossa gente, é artística. Existem, aqui, artistas, de todas as modalidades. Por isso, tornou-se necessário, um dia, exclusivo, dedicado às Artes. Artes do Brasil, porém, aquelas consagradas mundialmente. Pintores, escritores, poetas, atores, bailarinos, instrumentistas... todos os nossos artistas, enfim, estão de parabéns.


           Acho, também, que há muitos brasileiros, pouco conhecidos, ainda - como os incríveis repentistas, os artesãos que trabalham com barro - cuja Arte, bem genuína, retrata o povo, seus hábitos e costumes, transformando a nossa tradição popular, numa grande festa colorida. Mas a Arte é universal, portanto, convenhamos, por que dia 'nacional' das Artes, se há tantas pessoas que vivem fora do Brasil e que têm a Arte como excelência, em suas vidas.
         A Arte de Meryl Streep, por exemplo, é excelência pura, pelo mundo todo! Pouquíssimas pessoas discordam disto. Meryl fez seu curso de teatro no Vassar College e na Escola de Drama, da Universidade de Yale. Robert Lewis, um de seus professores, relembra sua atuação na peça 'O Anjo de Pedra', de Tennessee Williams: "Foi, sem dúvida, a melhor interpretação de Alma, que eu já vi. Meryl despertou em mim a sensação de espanto e uma impressão que nunca tive, assistindo ao trabalho de um aluno. Era como se, diante de nós, estivesse uma pessoa real, e não um personagem. Quando Meryl entrou em cena, desejei que o próprio autor estivesse ali para ver."


           Quando interpretou a octogenária louca Constance Garnett, na farsa "O Idiota Karamazov", Meryl esperava cessarem os aplausos, rodava  em sua cadeira de rodas, no palco, gritando: 'Vão para casa! Vão para casa!' e simulava um ataque cardíaco. Primeiro todo mundo ria mas depois o silêncio era total. Os expectadores não sabiam se o ataque era real ou não e, só respiravam aliviados, quando Meryl se levantava, resmungando. A peça foi um sucesso tão grande que acabou fazendo parte do repertório do Teatro de Yale.


(Esta escultura foi feita por Don Gummer, artista plástico, escultor, casado com Meryl Streep há 31 anos, pai de seus quatro filhos.)

            Comemorando o bicentenário do Teatro Fênix, Meryl interpretou duas personagem: Patrícia, em "A Memory of Two Mondays", de Arthur Miller, e Flora, que pesava 80 quilos, em "27 Vagões Cheios de Algodão", de Tennessee Williams. "O papel de Flora me divertiu muito. Eu punha toalhas sob as roupas e o resultado eram seios enormes, uma imensa barriga e nádegas protuberantes."
            Como as duas peças eram encenadas uma após a outra, os expectadores tinham a oportunidade de testemunhar a mais impressionante transformação ocorrida na história do teatro americano. Enquanto Meryl surgia como um ser corpulento, digno de pena, na peça de Williams, na de Miller era uma pessoa completamente diferente, Patrícia, a secretária esguia e bonita, de uma fábrica de móveis, emancipada e segura de si. O público ficava fascinado e espantado com esta capacidade de transformação. "A reação das pessoas correspondeu as minhas expectativas e a minha intenção de nunca me deixar rotular como 'a atriz de um só personagem'. Alguns críticos mostraram-se estupefatos com minha versatilidade, pois eu fazia, num mesmo dia, dois papéis que qualquer ator precisaria intercalar com uma pausa."


             Helen Pointer escreveu em sua crítica: "Apesar de ser inacreditável o que Meryl Streep fez esta noite, tudo pareceu simples e fácil de ser feito." Meryl foi agraciada com os prêmios do Theater World e do Outer Critics Circle, por este seu trabalho. Além disso, foi indicada para o "Tony".
             Isto foi antes de Meryl fazer cinema...  É, realmente, a melhor atriz do mundo! Bravo, Meryl!


             Esta é a obra mais recente de Don. O nome dessa escultura é "Open Eyes". 

2 comentários:

  1. NOSSA FICO MARAVILHADA QUANDO VOCÊ FALA DA MERYL , FALA DE UMA MANEIRA TÃO UNICA COM TANTO AMOR ,COM UMA LIGAÇÃO TÃO PROFUNDA , O AMOR QUE VOCÊ SENTE POR ELA TRANSBORDA EM SUAS PALAVRAS QUE ME ENCANTAM.
    BJSSS

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  2. Olhe, eu não conheço a Meryl, pessoalmente, mas eu aposto que ela é, exatamente, tudo o que penso a respeito dela!...

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