Meryl Baby

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sábado, 27 de outubro de 2012

Entrevistando Meryl Streep (36)


 

         Bem, aqui está a tradução da entrevista, com Meryl, para a revista francesa "Madame Figaro", por Christelle Laffin, em setembro de 2012: "Meryl Streep Souveraine".
        
          Meryl Streep Soberana
   
         Três Oscars, 17 indicações: a estrela camaleônica é uma RECORDISTA do Planeta! E, sem dúvida, a maior ATRIZ do mundo! Em "Hope Springs", numa tímida e desesperada esposa, ela deslumbra em novidade! Encontro com uma LENDA do Cinema, sem afetação!
         Hotel Four Seasons, Beverly Hills, centro nevrálgico dos encontros promocionais entre as Estrelas e as mídias. Numa suíte do décimo-sétimo andar, entre duas entrevistas, Meryl Streep, com necessidade de desentorpecer as pernas. Ela espera, em pé, o retorno de seu parceiro de "Hope Springs", o taciturno Tommy Lee Jones, ausente , numa pausa para um café.
         Vestida com uma camisa e uma calça comprida, de cor marrom-glacê combinando, maquiagem quase nenhuma, ela assume, com uma graça radiante, estes riscos dos tempos, reclamados por seus colegas. A Estrela quase perdeu seu avião, para New York. " Eu tinha esquecido o passaporte em casa." Deliciamo-nos a imaginar o caso de consciência surreal do agente responsável pela autenticação de um dos rostos mais famosos do mundo! "Eles me deixaram passar, após estar meu número de telefone, na lista vermelha. Eles já sabiam, sem ousar confessar, na verdade! disse ela, em sonora risada. Sua inteligência afiada, sua alegria de viver e sua modéstia a lisonjeiam sempre, incluindo Tommy Lee Jones, notoriamente, amuado. O herói de "Men in Black" confidencia: "Eu estava disposto a tudo, para fazer seu marido, no filme, só pelo prazer de filmar, enfim, com ela!"

         Mademe Figaro: Após um longo mergulho, nos mistérios do poder, por "The Iron Lady", em "Hope Springs" você retorna, com uma americana, (classe) média, de 60 anos, que quer colocar pimenta...
         Meryl Streep: "Eles são casados há 31 anos. Ela quer reencontrar o amor e as relações sexuais com seu esposo (Tommy Lee Jones), mas ele prefere assistir golfe e televisão. Os horrores de Kay, meu personagem, são extremamente comuns, na casa dos 50 e tantos anos. Estas preocupações me são conhecidas porque são universais. Portanto, o grande público do Cinema, não aborda, jamais, o tema. O filme "Hope Springs" trata das nossas aspirações, traz o tabu para ser conectado, intimamente, à altura. Falar de sexo, ou mostrar, não é mais um pesar. Ele é bem mais delicado ao revelar sua vulnerabilidade, sua tristeza, sua solidão, um para o outro. Kay e Arnold são confrontados à necessidade de exprimir suas necessidades de amor e de reconhecimento, acima de seus medos e vergonha."
         MF: Dona de casa desesperada, Kay veste blusas de flores e as bijuterias Kitsch, a mil léguas do elegante guarda-roupa de Miranda, em "The Devil Wears Prada". Você já deu sua opinião sobre os trajes?
         Meryl: "Fiz compras num shopping, em um centro comercial da baía de New York, por ela e por mim! Uma forma de me apropriar do personagem. Eu cresci em New Jersey: seu universo me é familiar. Criei meus filhos entre Greenwich Village e o campo, em um ambiente todo distante da moda. Eu confesso: não sou fashion. Eu faço minhas compras no  centro comercial. Enfim, infelizmente, de menos em menos: eles me reconhecem muito antes. E eu sou mortificada, com a ideia de ser desmascarada, caso tivesse a ideia de me disfarçar.
 
        (continua)

      
    

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