Meryl Baby

Meryl Baby

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A sensualidade de Meryl Streep

              
            Já falei alguma vez, aqui, que amo "Mamma Mia!"? Huuuum... Acho que sim... talvez  umas 148 vezes... Mas por quê? Eu já conhecia Meryl e o seu talento... Em "Mamma Mia!" tive a felicidade de descobri-la, por dentro. E, daí em diante, dediquei-me a ela. Passei a investigar tudo a seu respeito: talento,  carreira,  vida pessoal, personalidade, sentimentos, atividades extra-profissionais, peculiaridades,  gostos, opiniões, engajamentos, temperamento, comportamento... Mas foi por causa de "Mamma Mia!" que eu percebi... não, que eu 'senti' a sensualidade de Meryl. Isso mesmo. 
            Li, outras vezes ouvi, comentários infundados sobre esta sua qualidade. Infundados, enquanto absurdos porque Meryl possui uma sensualidade inata, invisível apenas para os cegos, pois até a sua voz serve de veículo para expandi-la. Sua feminilidade é muito bem resolvida. Ainda que represente papéis masculinos, como já fez, de fato, sempre o fará sem conseguir esconder a mulher que existe nela.      
           Normalmente, esta característica feminina costuma ser captada, rapidamente, pelos homens. Mas a sensualidade de Meryl é tão flagrante  que, mesmo nós, mulheres, também a percebemos logo. Aliás, somos fulminadas por ela, visto que somos catalizadoras desta íntima particularidade.
            Venho formulando algumas teorias sobre Meryl, como a da liberdade de desenvolvimento que pautou a sua educação. Liberdade, verdade, respeito, piedade, são didáticas importantíssimas, para se bem educar uma menina. Desta forma, ela será exatamente como Meryl é: livre, liberada, consciente o bastante para cumprir os seus deveres, porém consciente também de suas necessidades, de seus direitos, de sua autêntica vontade, de sua liberdade. Sem travas, sem obstáculos, sem recalques, sem tabus, Meryl é esta grande mulher a quem tanto amamos e admiramos, um verdadeiro modelo para todas nós. Porque é quem é, porque é como gosta de ser. E é tão franca e verdadeira que não encontra oposição, tal é o seu carisma. Então, ela se solta, completamente à vontade, atua e vive, de pura e intensa  emoção. Seguindo todo este processo, Meryl transpira sensualidade.
            Observe neste emoticon, Meryl, dentro de "Donna". Todo o seu rosto comunica amor e paixão. Ela está olhando para Sam, que está em pé, a sua direita, cantando para ela. Apesar de Meryl e Pierce serem amigos de longa data, não há a menor inibição, nela. Sua emoção está completamente solta. Seu olhar está diferente, cheio de vida, pleno de convites e promessas... felicidade total... há carinho, companheirismo, doçura... uma  cálida cumplicidade... há malícia e, ao mesmo tempo, um ínfimo toque de timidez... e volúpia. Donna não precisa falar e, nesse caso, nem mover o corpo, porque seus olhos, seu sorriso,  seu rosto demonstram um incontido desejo por aquele homem, o grande amor de sua vida. 
            É assim que Meryl atua. Com tudo. Como é que ela consegue fazer isso?! Ela já não é  Meryl. Ela é Donna Sheridan, mulher de Sam, pai provável de Sophie...   
            Foi assim que, em "Mamma Mia!", aprendi, com esse anjo, que é muito bom ser como sou... simplesmente uma mulher... sem barreiras inúteis, obsoletas, a esta altura da minha vida. Simplesmente uma mulher. E  consegui senti-la e, assim, compreendê-la, com profundidade. Mas Meryl é infinita. Dentro dela existem várias e desconhecidas verdades,  impregnadas na sua essência. Ainda tenho muito que pesquisar e aprender.
            A propósito: Alec Baldwin estava certo, quando disse: "há alguma coisa  nos seus olhos, alguma coisa no seu sorriso... na sua voz..."    Há muitas coisas em Meryl... ainda inéditas...

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