Meryl Baby

Meryl Baby

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Meryl Streep e a chuva...

             Ouvi, no Inside The Actor's Studio, de James Lipton, Meryl respondendo a um questionário. Entre tantas  perguntas, uma delas eriçou a minha sensibilidade: Que som você mais gosta? "Chuva." Meryl respondeu.




            Concordo gostosamente, com ela: não existe som mais delicioso, na Natureza, do que o da chuva! Huuum... maravilhoso!... Ele é assim, tímido, cerimonioso, mas vai entrando em nossos ouvidos, encharcando-os com o som fresco e perfumado de suas águas... docemente... bem de leve, como se pisasse em algodão, e vai invadindo a nossa alma, íntimo, alagando o nosso pensamento, refrescando a nossa aura... e a gente vai relaxando, se desligando das ações, de outros sons, procurando, no ar, o cheiro bom de terra molhada... e quando ele sente que se espalhou, começa a aumentar o seu chiadinho carinhoso... vai ficando mais forte, compondo uma nova sonata... inspirada nos pingos da chuva, nas folhas das árvores... huuuum... muito gostoso!...
            Será que Meryl pensa assim? Acho que a sua sensibilidade já captou tudo isto, sim. O som da chuva é tão especial, tão diferente... mas para quem o interpreta, ele é bem assim. E Meryl, (logo ela!...) deixaria de senti-lo, desta forma?... Não creio. Acho, sim, que para ela (até para mim...), o barulhinho da chuva tem toda esta riqueza de detalhes, de nuances, que poucas pessoas conseguem absorver... Mas, com certeza, Meryl consegue!...

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